Um funcionário de carreira da Petrobras apontou o ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró como o responsável por um suposto prejuízo proposital à empresa em um negócio de exploração de petróleo em Angola, na África – que teria gerado um dano de US$ 700 milhões. 7 Brasília.
O informante, assim tratado pela PF, prestou depoimento sob sigilo na Polícia Federal, no Rio de Janeiro, no dia 28 de abril de 2014, um mês após ser deflagrada a Lava Jato. O caso passou a ser investigado após o depoimento prestado de forma espontânea. O funcionário, cujo nome está sendo mantido em sigilo, tomou a iniciativa de procurar a PF para denunciar indícios de crimes e “má gestão proposital”, três deles envolvendo a Diretoria Internacional. O informante citou o nome de Cerveró e afirmou que o negócio contrariou pareceres internos.
Nesta segunda, o advogado do ex-diretor descartou a possibilidade de um a acordo de delação premiada. Nesta terça, a defesa entrará com um novo pedido de habeas corpus. “Não acredito que o Nestor possa fazer uma delação. Os fatos da Lava Jato são pós 2008 e o Nestor Cerveró saiu em março de 2008. Então, não vejo como o Nestor possa contribuir com relação a esse período. Quem deveria ser ouvido são os sucessores dele”, afirmou o advogado Edson Ribeiro.
Segundo o defensor, Cerveró tem contribuído com as investigações. Na semana passada, o ex-diretor prestou depoimento na sede da PF em Curitiba, onde está preso. O segundo depoimento que aconteceria nesta segunda foi adiado.