Agentes penitenciários que trabalham na Central Integrada de Escoltas do Sistema Prisional em Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital, são suspeitos de facilitar o roubo de 39 pistolas .40, seis submetralhadoras e cerca de mil munições usadas na escolta de presos da cidade. O roubo, considerado o maior da história do sistema prisional mineiro, aconteceu entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira, quando a Polícia Militar foi acionada para iniciar as buscas pela região. Até a noite de ontem, nenhum bandido havia sido localizado. Os agentes envolvidos no caso foram afastados.
“Não tivemos roubos de armas em unidade prisional nos últimos anos. Sem dúvida, esse é o maior do sistema”, disse o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade
Batizado. Segundo o coronel José Amilton Campos, da 2ª Região da Polícia Militar, a PM foi acionada por um agente por volta das 7h. “Quando chegamos, vimos que não havia sinal de arrombamento”. Ainda segundo o coronel, os nove agentes teriam sido dopados ao ingerir suco e salada de frutas, supostamente feitos no local, por um ou mais agentes. Refrigerantes também foram encontrados. Todos teriam se sentido mal e adormecido. A Polícia Militar informou que os produtos ingeridos não fazem parte da alimentação habitual dos agentes, preparada na cozinha do Presídio Antônio Dutra Ladeira, a 4 km de distância, e entregue em marmitex.
A Secretaria de Estado de Defesa Social confirmou este como o primeiro roubo no local desde de sua instalação, em maio de 2013, e informou apenas que ele foi percebido na troca de turno.
Os agentes foram submetidos a exames de sangue, urina e clínico no Instituto Médico-Legal (IML). Em seguida, foram para a Divisão Especializada de Operações Especiais (Deoesp) prestar depoimento. Caso seja comprovada a participação, eles estão sujeitos a processos administrativo e criminal. Até que o trabalho administrativo termine, os agentes foram afastados pela Corregedoria da Seds – eles continuam recebendo. (Com Aline Diniz)
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Agentes são suspeitos de maior roubo a sistema prisional de MG
Servidores teriam dopado colegas para facilitar retirada de 45 armas e munição de central de escoltas
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