O polêmico trote sofrido por calouros pode estar perto do fim na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Isso porque o Conselho Universitário (Cuni) aprovou resolução que proíbe a prática entre alunos da instituição.
Conforme informou o conselho, a medida busca assegurar o bem-estar dos alunos, garantindo que práticas consideradas abusivas ou vexatórias sejam proibidas na Universidade, com base em denúncias das próprias vítimas.
Para chegar a construção desta resolução, o Cuni levou em conta estudos apresentados pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace), em conjunto com o Núcleo de Direitos Humanos da UFOP (NDH/UFOP), regulamentando, assim, um tema polêmico presente em, praticamente, todas as instituições de ensino superior do país.
A resolução prevê, ainda, que a UFOP desenvolva, em caráter permanente, ações de conscientização e combate ao trote violento. Isso pode ocorrer por meio de campanhas educativas e incentivo a atividades permanentes de conscientização que promovam a convivência solidária, a ética e a paz.
Reitoria
Por meio de nota, a pró-reitora de Assuntos Comunitários e Estudantis, Camélia Vaz Penna, disse aprovar a resolução representa uma postura firme da Universidade a respeito dos trotes.
"O Conselho Universitário aprovar essa resolução é como dizer para a comunidade: nós não toleramos trote".
Camélia também lembra que a aprovação do documento demonstra segurança aos estudantes que podem se sentir amparados por esta Instituição.
"Paralelamente, temos também a consciência de que a UFOP precisa caminhar em programas de prevenção e conscientização da comunidade acadêmica, zelando pelo bom convívio", complementa Camélia.
Medida já foi adotada por outras instituições do Estado
Há três anos, o trote estudantil foi proibido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) por meio de uma resolução aprovada em 27 de março de 2014. Para ler mais sobre, basta clicar aqui.
Ainda em março de 2014, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também proibiu a prática entre seus alunos e convenceu os universitários a denunciar os casos envolvendo violência.
Já em Viçosa, foram os vereadores que interviram nesta prática. O Projeto de Lei de número 002/2015, que proíbe a realização de trotes nas vias públicas da cidade. Dentro da universidade, a brincadeira de cunho malicioso já havia sido proibida em 2007.