Católicos celebram, nesta sexta-feira (29/3), a crucificação e morte de Jesus Cristo. Em Sabará, na Grande BH, fiéis foram acordados ao som das matracas, tradição centenária na cidade histórica de Minas. Ainda na madrugada, às 4h, uma multidão iniciou a Procissão da Penitência. A caminhada sai do centro histórico e percorre três quilômetros até a capela do Bom Jesus, no Morro da Cruz.
A matraca é um instrumento musical usado no ritual porque, pela tradição, o sino não pode ser tocado na Sexta-feira Santa. O matraqueiro Francisco Dário dos Santos, o Chiquinho, fala do significado do ritual. "É muito importante nessa Sexta-feira da Paixão jejum, penitência. Eu assumi uma responsabilidade muito grande, herdada do meu pai, que é tocar matraca para acordar os fiéis. Essas procissão da madrugada que são muito bonitas. Eu sou sineiro também, mas hoje não pode tocar sino", explica o fiel.
Valma Amparo, de 64 anos, participa do ritual de penitência há mais de 40 anos. "Estou rezando o rosário e, juntamente, fazendo a peregrinação. Nós, como seres humanos, sofremos também, mas como ele ninguém sofreu", conta.
Para uns é dia de penitência, para outros uma oportunidade para agradecer. "Vim em agradecimento pela minha vida, pelas vidas dos meus filhos, pelo emprego que meu filho conquistou. Só agradecer a Jesus que morreu por nós", diz Sandra Aparecida Ramos, 65 anos.
Em Sabará, na Grande BH, fiéis foram acordados ao som das matracas, tradição centenária na cidade histórica de Minas. Ainda na madrugada desta sexta-feira, às 4h, uma multidão iniciou a Procissão da Penitência. A caminhada sai do Centro Histórico e percorre três quilômetros até a… pic.twitter.com/Sykgpty9zz
— O Tempo (@otempo) March 29, 2024