O suspeito de matar um empresário em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, confessou motivação passional para o assassinato. Conforme as investigações, Edson Batista, de 65 anos, era amigo do suspeito e se envolveu com a mulher dele. Um botão de camisa encontrado na cena do crime ajudou a Polícia Civil na identificação.
O corpo do empresário do ramo de transportes foi localizado na manhã dessa segunda-feira (25), embaixo do sofá da casa dele, no distrito de São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido por Macacos. O suspeito está preso preventivamente em um presídio de Nova Lima.
De acordo com o delegado Fernando Marins, o suspeito, de 44 anos, já sabia do romance e, enciumado, procurava pelo empresário para o acerto de contas. "Nós encontramos o corpo por volta de 12h da segunda-feira (25) e, junto a ele, o botão de uma camisa polo. Aí, ficamos sabendo que o suspeito tinha passado o sábado inteiro com o Edson, e também que já tinha procurado por ele em casa, na sexta-feira (22). No depoimento que deu na terça (26), ele disse que esteve lá, que tomou café e almoçou com ele. Nesse dia, o suspeito estava usando uma camisa de uniforme do trabalho com um botão idêntico ao que nós encontramos, o que aumentou a desconfiança sobre ele", detalhou Marins.
Vídeo de circuito interno mostra encontro de assassino com vítima
Vítima e suspeito eram amigos. "O Edson frequentava a residência do casal, em Contagem. O suspeito trabalha em uma usina elétrica no Estado do Rio de Janeiro, e um cunhado dele gerencia uma das empresas do Edson", acrescentou o Marins.
O autor do crime, porém, só confessou no segundo depoimento. "Ele admitiu ter matado o Edson por ficar sabendo do envolvimento dele com a mulher. A camisa que ele usava no dia do crime, a que soltou um botão, ele disse que levou para a empresa onde trabalha. O suspeito e a mulher já estavam separados, mas viviam na mesma casa, e ele não aceitava a situação. Ele reafirmou que passou o dia (sábado, 26) com o empresário e que, quando tocou no assunto da traição, os dois discutiram e entraram em luta corporal. Ele relatou que o Edson caiu, bateu cabeça e morreu. Depois, ele enrolou o corpo e colocou embaixo do sofá", explicou o delegado Fernando Marins.
A perícia atestou que Edson foi golpeado por um objeto perfurocortante e que o corpo apresentava dois cortes grandes na testa, quatro perfurações nas costas e hematomas diversos.
A mulher apontada como o pivô do crime está em viagem para Santa Catarina e ainda não foi ouvida.