Na avaliação de especialistas em segurança pública, o crescimento da população carcerária tem relação direta com os problemas que vivem os agentes penitenciários de Minas.
Em cinco anos, o número de presos no Estado cresceu 49%, passando de 35.894 para 53,8 mil. Para o professor da PUC Minas Moisés Augusto, os agentes penitenciários estão entre os mais afetados pelo modelo prisional adotado em Minas e em praticamente todo o país.
“A população carcerária cresce de uma maneira absurda, e o Estado é obrigado a contratar um número maior de agentes, mas não tem recursos para garantir boas condições de trabalho. Não consegue, dessa forma, ter agentes penitenciários qualificados e motivados. Essa é uma receita que vai contribuir para o aumento da violência”, afirmou.
Para Moisés Augusto, o Estado errou ao fazer a expansão dos agentes com contratados temporários e não ter realizado os concursos desde a criação da carreira. (BM)