Um trio suspeito de praticar estelionato foi preso no bairro Araguaia, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, nesta terça-feira (26 de março). Conforme a investigação, eles cadastraram CNPJ de empresas reais de lojistas do Barreiro e de Contagem, na região metropolitana, para realizar compras de alto valor. Uma das vítimas teve prejuízo de aproximadamente R$ 50 mil.
O delegado Túlio Leno informou que dois dos suspeitos são empresários do ramo da construção civil. “Eles pegavam documentos falsos e faziam cadastros em lojas de material de construção e até de peças de carros. Tudo para realizar a compra faturada”, disse.
A compra faturada, conforme explicou o delegado, é um benefício para pessoas jurídicas. “Quando isso acontece, não é preciso fazer o pagamento no ato da retirada da compra, mas sim em trinta dias ou em até mais prazos. Neste caso específico, eles não pagavam nada”, acrescentou.
As compras feitas pelos suspeitos eram utilizadas nas obras gerenciadas pelos empresários que foram detidos. “Compravam fios, vasos sanitários, churrasqueiras tudo para depois terem retorno financeiro nas construções que realizavam”, contou o delegado Túlio Leno.
A investigação apontou que eles também adquiriam carros leiloados. “Depois de adquirir os veículos, iam às lojas comprar peças, mas não pagavam nada. Com essas peças ‘reformavam’ os carros e os vendiam mais caro”.
No momento da prisão, o grupo tentava retirar produtos que tinham comprado. “Além da prisão em flagrante, apreendemos dois veículos que seriam utilizados para transportar a mercadoria”.
Agora, a Polícia Civil de Minas Gerais vai apurar se mais empresas foram lesadas pelos suspeitos. Outro ponto a ser apurado é se mais pessoas integram o esquema. O trio foi detido por associação criminosa, falsificação de documentos e estelionato. Somadas, as penas podem chegar a 13 anos de prisão.