O Hospital de Pronto Socorro Risoleta Neves, na região de Venda Nova, teve que fechar 40 dos 368 leitos da unidade em função da falta de repasse nas verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). Referência no atendimento de urgência e emergência no vetor Norte de Belo Horizonte, a unidade está sofrendo dificuldades para honrar compromissos com os fornecedores.
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também sofre com o mesmo problema e a orientação na unidade é priorizar o atendimento de Urgência e Emergência até que a situação seja regularizada.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o problema acontece porque ainda não houve o repasse do Ministério da Saúde no valor de R$ 118,6 milhões que deveriam ter chegado aos cofres municipais em dezembro do ano passado. Desse total R$107 milhões são destinados ao atendimento de alta complexidade e outros R$ 11,6 milhões para o programa da Saúde da Família.Para tentar amenizar o problema, a secretaria afirma que investiu R$ 2,06 milhões de recursos próprios para Hospital Risoleta Neves.
Outro problema que tem sido enfrentado pelo Hospital das Clínicas é que toda a equipe de médicos do programa de transplantes de fígado pediu demissão, o que impossibilitou a unidade de realizar os procedimentos. Segundo a assessoria do hospital, uma nova equipe já está sendo contratada para normalizar o atendimento. Enquanto isso, todos os transplantes de fígado que seriam realizados pela unidade estão sendo realizados no Hospital Felício Rocho, por meio de um convênio firmado entre as duas instituições.