Centenas de pessoas, moradoras das ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória, que compõem a ocupação Isidoro, na região Norte de Belo Horizonte, marcharam contra a ameaça de despejo. A caminhada começou às 6h30 desta quarta-feira (28) e chegou, pouco antes das 14h, ao Palácio da Justiça (avenida Afonso Pena, 1.420, centro), onde deve ser definido o futuro das cerca de 8.000 famílias das ocupações Guarani Kaiowá, Wiliam Rosa, Tomas Balduíno, Vila Arthur de Sá, além das ocupações despejadas Maria Guerreira, Maria Vitória e Maria Bonita, que também apoiam o ato, nesta tarde.
O julgamento será realizado por 22 desembargadores que compõem a Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Eles irão decidir se aceitam o pedido que alega a incapacidade da Polícia Militar e do Governo do Estado de Minas Gerais em realizar a desocupação da área sem causar graves danos físicos e aos direitos humanos das famílias envolvidas, bem como requerer que a reintegração só seja possível se precedida da apresentação de alternativas de moradia digna por parte do Estado, o que não foi feito até o momento.
O conflito da Isidoro é o maior conflito fundiário da América Latina e um dos sete maiores conflitos de terra do mundo, segundo os integrantes. "Qualquer decisão sobre a Isidoro será exemplar para a luta por moradia no Brasil", avaliam.
A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) informou que o grupo impediu o fluxo de veículos no hipercentro da capital.
13h24 Manifestação:Manifestantes chegaram na Praça Sete e estão acessando a Afonso Pena,sentido Mangabeiras. Todas as faixas da via ocupadas
— OficialBHTRANS (@OficialBHTRANS) 28 de setembro de 2016
A Polícia Militar acompanha o protesto.