O especialista em trânsito e presidente da ONG SOS Mobilidade Urbana, José Aparecido Ribeiro, afirma que o tempo reduzido de transição entre as cores dos semáforos é uma estratégia da BHTrans para multar os motoristas. “É um jeito de fazer essa arrecadação eletronicamente, já que os agentes da empresa não podem multar mais na rua”, afirmou.
O especialista critica ainda a falta de sincronia entre os semáforos. “É para pegar o motorista no detector. Você sai de um semáforo, e o aparelho seguinte fica amarelo exatamente no momento em que você vai passar por ele na velocidade determinada pela via”, explicou.
Para o professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ronaldo Gouvêa, a melhor saída seria um temporizador que mostrasse aos motoristas a duração do sinal verde. A estratégia já foi adotada em cidades mineiras, como Juiz de Fora, na Zona da Mata, que utiliza os aparelhos desde 2005, Sete Lagoas, na região Central, e Lagoa Santa, na região metropolitana da capital.
A BHTrans afirma que ainda que não tem plano de instalar os equipamentos na capital. (AL/NO)