Uma menina, de 7 anos, foi encontrada morta, com um corte no pulso, nessa terça-feira (25) dentro da casa onde morava com a família em Bocaiúva, no Norte de Minas. A mãe da criança e o seu companheiro, padrasto da vítima, que negam o crime, foram presos em flagrante por homicídio qualificado.
A prisão foi ratificada após o delegado Marcos Almeida, da Delegacia de Plantão da Polícia de Civil de Montes Claros, receber a informação de que o Conselho Tutelar acompanhava uma denúncia de maus-tratos em relação a criança em desfavor do casal.
Segundo informou a Polícia Civil, a mãe da criança J. M. F, de 23 anos, e o padrasto A. C. C, de 28, foram ouvidos e negaram o crime, mas foram encaminhados para o presídio de Montes Claros, onde permanecem à disposição da Justiça. Caso condenados por homicídio qualificado, a pena de cada um dos acusados pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
O caso foi descoberto depois que a mãe da menina, de 7 anos, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), informando ter encontrado a filha morta dentro da casa da família localizada na rua Henrique Araújo, bairro Pernambuco.
No local, uma equipe do Samu constatou o óbito, mas, devido aos ferimentos da criança, acionou a Polícia Militar.
Os militares relataram no boletim de ocorrência que a criança apresentava escoriações pelo corpo e uma lesão no pulso esquerdo. Além disso, devido a rigidez do corpo, os policiais identificaram que o óbito havia ocorrido há algumas horas.
Outro lado
A mãe da criança alegou que sua filha tinha problemas psicológicos, constantemente se feria e era portadora de uma doença de pele “Prurigo Agudo Infantil”.
Ainda segundo a mulher, as lesões encontradas pelo corpo da filha eram provenientes da doença, mas que ela já estava em tratamento.
Durante a explicação, a mulher também disse que, nessa terça, a criança havia ingerido água do vaso sanitário. Em seguida a criança sentiu fortes dores, vomitou e ela a medicou por conta própria.
Além disso, ela alegou que usou um supositório para liberar o intestino, tendo a filha se deitado na cama e parecia dormir. Mas não disseram porque não levaram a criança para o hospital.
Perícia
A perícia da Polícia Civil também compareceu a casa e realizou os trabalhos. Além do corte no pulso e das lesões pelo corpo, a criança ainda estava com o braço quebrado. A mãe e o padrasto disseram não saber que a criança tinha quebrado o braço.
Em seguida, o corpo da menina foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Montes Claros, na mesma região.