O macaco aranha Carlinhos ganhou um novo lar nesta semana. "Órfão" do Zoológico de Sete Lagoas, que foi desativado, o animal agora é o morador mais recente do Vale Verde Parque Ecológico, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.
“Por se tratar de um animal que naturalmente habita a região da floresta amazônica, construímos para ele um espaço que lembra os mesmos obstáculos e variedades do seu habitat natural, com escadas, cordas e armações altas, além de brinquedos no chão, tudo para que ele tenha sempre com o que se entreter”, conta o biólogo do Parque, Ramon Palhares.
Carlinhos tem 20 anos e para sua espécie já é considerado um adulto, sendo que os registros de longevidade para o macaco aranha em cativeiro giram em torno de 30 e 40 anos. Sua alimentação consiste de ração, que possui os nutrientes essenciais para sua saúde, além de uma ampla variedade de vegetais crus, frutos com cascas e variedades como pão integral, gelatina sem sabor, iogurtes e Danoninho. Ele já pode ser visto pelos visitantes do Parque Ecológico, que também abriga outras 1.200 espécies de animais.
Ameaça de extinção
O macaco aranha tem esse nome por possuir membros mais longos que o comum, e ter o hábito de ficar em árvores muito altas, evitando o chão. A espécie está sob a ameaça de extinção, devido ao desmatamento da Amazônia, seu habitat natural, e o tráfico ilegal de animais.
Ele também é caracterizado por possuir uma cauda preênsil extremamente habilidosa, que usa para agarrar e movimentar-se com grande agilidade pelos galhos das árvores. “O Carlinhos ainda tem uma característica diferente, os olhos azuis, que encantam a todos”, destaca o biólogo.