Uma mulher de 36 anos foi morta com um tiro na cabeça pelo ex-companheiro, na porta de sua casa, nessa quarta-feira (22), em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Os filhos da vítima e a mãe dela presenciaram o crime.
A mãe de Eliane Cristina de Melo contou à Polícia Militar (PM) que F.G.D. foi à casa da família, na avenida Juiz de Fora, no bairro São João, e chamou pela ex-companheira. Como a mulher não atendeu a porta, ele a ameaçou dizendo: "como você não saiu, vou buscar uma arma para te matar", e foi embora.
Mais tarde, o homem retornou, arrombou o portão, localizou a vítima e a agrediu com socos. Além disso, agarrou-a pelos cabelos e a arrastou para fora da casa. Na calçada, ele voltou a fazer ameaça: "vem, senão vou te matar na frente de sua família".
A mulher resistiu e a filha dela, de 14 anos, tentou impedir que ele saísse com a mãe, puxando-a pelo braço. Nesse momento, ele atirou na cabeça de Eliane e ainda disparou mais duas vezes contra o filho dela de 16 anos, que também estava na casa, mas os disparos falharam.
O homem fugiu em um gol branco e, até o momento, não foi localizado. A mulher foi socorrida para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, onde não resistiu e morreu.
Durante rastreamento, a PM encontrou um Monza verde com um vidro quebrado e descobriram que seria de um homem que teria levado o suspeito ao local do crime. Ainda, os militares souberam que a arma usada no homicídio teria sido emprestada por um terceiro.
Além disso, na casa do suspeito, foram apreendidos cinco celulares, sendo que um deles continha várias mensagens perguntando sobre o que teria sido feito com a arma. O homem pode ter ido para São Paulo, segundo informou a filha da vítima. Ele ligou para a menina e disse que se mataria por lá.
"Eles namoravam, mas ai terminou e ele não aceitou. Ele já bateu nela uma vez e quebrou o braço dela. Também falava que ia matar os filhos dela. Ele falou que foi para São Paulo, ligou para o celular da minha irmã e disse que ia se matar. E eu já esperava por isso. Agora, estamos pensando em morar com a minha avó", desabafou o filho de Eliane, um adolescente de 16 anos, que falou com a reportagem por telefone, durante o velório da mãe.
Eliane e o suspeito moraram juntos por cerca de seis meses. Ele já tinha passagens por homicídio e tráfico de drogas. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Cargas de Pouso Alegre.
Atualizada às 11h06