Pampulha

PBH confirma 1° jardim filtrante 

Projeto de filtros naturais de limpeza está pronto, e obras começam neste ano

Por Luciene Câmara
Publicado em 22 de julho de 2015 | 21:10
 
 
 
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As próximas etapas da despoluição da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foram discutidas nesta quarta, a portas fechadas, entre a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Os órgãos não informaram o teor da reunião, mas, de acordo com a prefeitura, está confirmada a implantação dos chamados “jardins filtrantes” para tratar o conjunto dos córregos Água Funda e Bom Jesus, que deságuam na lagoa. A previsão é que as obras comecem ainda neste ano.

O projeto-piloto foi concluído e entregue à Sudecap nesta semana. Os jardins filtrantes consistem em uma estação de tratamento natural da água em que plantas atuam como filtros, sem uso de aditivos químicos ou energia elétrica. Mais barata que as estações convencionais, esta parte da obra é estimada em cerca de R$ 5 milhões. Segundo a Sudecap, “o orçamento está sendo elaborado para definição final dos investimentos a serem feitos pelo município. A expectativa é que a obra se inicie ainda em 2015”. Para isso, é preciso ainda abrir licitação.

Projeto. A primeira estação natural da capital terá capacidade de reduzir em cerca de 30% o volume de sedimentos que caem na lagoa. Os córregos Bom Jesus e Água Funda são responsáveis por carregar para a Pampulha cerca de 17 mil m³ de cimento, areia etc por ano. “Os jardins filtrantes tornam a água natural e permitem que haja vida animal ali”, explicou o doutor em engenharia hidráulica e saneamento Luiz Mário Queiroz Lima, que atua há 40 anos com a técnica.

A Sudecap informou ainda, em nota, que “avalia a viabilidade de utilização dessa mesma tecnologia em outros córregos afluentes à lagoa da Pampulha”.

Saiba mais

Cronograma.
Os jardins filtrantes levam cerca de quatro meses para serem instalados após o início das obras. Seu efeito na limpeza da água começa a ser percebido 48 horas após a implantação.

Estrutura. A estação natural é composta por canal de admissão, postos para retenção de sedimentos e etapa para tratamento biológico, com uso de plantas tropicais, como taboas e alpínias.

Processo. O tratamento leva cerca de três dias. Depois de limpa, a água é devolvida para a lagoa e pode ser 100% reutilizada.

Outros. Ao todo, oito córregos deságuam na lagoa da Pampulha. Os cinco mais poluentes são Ressaca e Sarandi, que se juntam, seguidos do Água Funda, Bom Jesus e Olhos d’Água.

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