A estudante de circo Larissa Azevedo ficou encantada com o duplo mortal de um dos acrobatas da trupe Picadeiro Circo Escola, que se apresentou na tarde deste domingo (31) na praça da Estação, como uma das atrações da virada cultural. "Foi perfeito! A entrada deles também foi muito linda, surpreendendo a gente que olhava para a estrutura enquanto eles nos fizeram virar pra trás. Eles chegaram se misturando ao público", frisou ela entusiasmada.
Ao lado dela, o colega de curso, João Victor Campos também vibrava a cada número do espetáculo "Brasil Lux". Ao fim da encenação, que durou meia hora, ele comentou que o trabalho do grupo de Osasco (SP) o estimulou a seguir a mesma carreira. "Eu me imaginei fazendo todas aquelas coisas, gostei muito! Pra mim serviu como um estímulo para continuar aprendendo", disse Campos.
Fundador do projeto que possui 12 anos, José Wilson Moura Leite, foi quem trouxe o caminhão trapézio, que captou a atenção de cerca de 1500 pessoas. Embora não recorde o nome das cidades, ele diz já ter percorrido dois municípios mineiros, entre vários outros do país, mas aqui aportaram ontem pela primeira vez. Por onde passa ele diz que ser constante o retorno positivo das pessoas. "Nos viajamos com um carreta que transporta um trapézio maior do que aqueles que vemos no circo. Isso causa um fascínio grande em quem vê. Os espetáculos que mostramos sempre são feitos para serem vistos ao ar livre e isso também gera grande interesse", afirma José Wilson Moura Leite.
Ele conta que o equipamento com 27m de comprimento por 10m de largura e 16m de altura veio da França e foi uma doação do governo francês. Quando o elenco se aproxima, as partes começam a se desdobrar, como peças de encaixe que saem umas de dentro das outras, servindo como um dos elementos visuais explorados pela companhia.
"São feitas algumas adaptações mas todos os números tradicionais de circo podem ser feitos ali. Eu gosto muito do trapézio voador que coloca os acrobatas praticamente voando mesmo em pleno centro da cidade. Além disso, toda a parte dos tecidos e coreografias que as pessoas gostam também reproduzimos", conclui Moura Leite.