A pedagoga Brenda Prado reforça a importância de se ir além do trabalho feito pelas unidades do governo para romper com o vínculo dos adolescentes com o crime. “Depois que sai do centro, o jovem volta para a sua casa, para a mesma família, para a escola, para a mesma situação que enfrentava antes de ser acolhido. O que é cada vez mais urgente é um trabalho em rede que envolva políticas públicas educacionais, de assistência social, trabalho, renda e saúde. O centro socioeducativo pode contribuir bastante, mas não dá conta dos grandes problemas enfrentados pelos adolescentes em conflito com a lei em geral”, explicou.
Tanto para prevenção quanto para reinserção social, a família é entendida como o principal pilar, de acordo com a pedagoga. Na opinião dela, fica mais difícil quando não se tem os familiares trabalhando junto. “Quando não há o apoio da família ou quando o adolescente não tem família, outras saídas precisam ser pensadas”.