A demolição imediata e a posterior reconstrução do prédio sede da Escola Estadual Alberto Delpino, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, foi reivindicada por representantes da escola, alunos e moradores da região, em audiência pública realizada nesta segunda-feira (6), pela Comissão de Educação,Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Em 2013, o espaço foi interditado pela Defesa Civil e, desde então, a escola já passou por duas mudanças de endereço, funcionando atualmente em um prédio provisório.
A diretora da Escola Alberto Delpino, Sônia de Jesus Pereira Santos, contou que o prédio sede da escola, localizado na Rua Conde de Santana, data de 1964 e, desde essa época, nunca passou por nenhuma melhoria em sua estrutura. Entre os problemas que levaram à interdição do prédio em 2013, estão vazamento e alagamento nas salas de aula, caixas d'água deterioradas, mau estado de conservação dos tetos e falta de área de lazer para os alunos.
Com a interdição do prédio principal, a escola passou a funcionar na Rua Olinto Meirelhes, em um espaço que, segundo Sônia, também não apresentava condições adequadas. De acordo com a diretora, alunos e funcionários conviviam com esgoto a céu aberto, pisos deteriorados e banheiros inadequados para uso.
Em 2014, a escola foi transferida pela segunda vez, passando a funcionar na Rua Francisco Duarte Mendonça, onde está até hoje. Embora o espaço seja melhor estruturado, Sônia disse que a situação ainda não é ideal, especialmente no que se refere à acessibilidade, já que a escola ficou mais distante para alunos e funcionários. Outro ponto levantado por Sônia foi quanto à falta de espaço disponível nas instalações atuais, o que dificulta o atendimento a um número maior e alunos. Segundo ela, a escola tem pouco mais de 500 alunos do 1°, 2° e 3° ano do Ensino Médio, mas tem demanda para cerca de mil estudantes.
De acordo com a diretora, o ideal é que a sede da Escola Alberto Delfino seja demolida e um novo prédio seja construído no mesmo endereço. Paralelamente, a Escola Estadual Desembargador Rodrigues Campos, que funciona no mesmo quarteirão, em um prédio anexo à escola Alberto Delpino, seria transferida para um outro local até que o seu prédio atual também fosse demolido e reconstruído. Segundo ela, o prédio sede da escola Rodrigues Campos também se encontra em condições precárias, embora continue funcionando no mesmo local.
A diretora cobrou que a escola, que é reconhecida e respeitada pela sua qualidade pedagógica, seja também digna para os alunos. “Não vamos ficar de baços cruzados. Queremos a demolição já. E queremos a nossa escola para ontem”, reivindicou.
Fazendo coro às palavras da diretora, a comerciante Sandra Sancler disse que a Escola Alberto Delpino está abandonada, sendo alvo de invasão de pessoas. Ela também reivindicou o retorno da escola para o seu endereço original, que, segundo ela, é mais central e facilita o acesso dos alunos.
Com assessoria de imprensa da ALMG