O repórter Lucas Simões foi atingido por um militar neste sábado (7), na avenida Amazonas, próximo a 1ª Área Integrada de Segurança Pública, no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Lucas filmava a atuação da Polícia Militar ao revistar populares.
Segundo Lucas, um dos militares gritou "dispersar" iniciando a confusão no local. Os militares utilizaram de bombas de gás lacrimogênio e tiro de borracha.
Nesse momento, Lucas se posicionou a 50 metros do tumulto e começou a registrar um vídeo pelo telefone. Após alguns minutos de gravação, ele foi surpreendido por um militar que chegou por trás dele e, com o cassetete, acertou o dedo de Lucas, na tentativa de interromper a gravação. Em seguida o militar se retirou. O repórter estava com o crachá de identificação.
Abaixo a integra da Nota da Polícia Militar enviada para redação em resposta ao acontecimento.
A Polícia Militar de Minas Gerais informa que o incidente envolvendo o repórter Lucas Simões, do jornal O TEMPO, durante manifestações ocorridas neste sábado, 07 de setembro, em Belo Horizonte, será apurado pela Corregedoria da Polícia Militar e que serão tomadas as providências cabíveis, tão logo o fato seja devidamente apurado. A PM informa ainda que que já fez contato com a redação do jornal e com o próprio jornalista para viabilizar seu depoimento junto à Corregedoria.
Mais feridos
Outro agredido na manifestação deste 7 de setembro em Belo Horizonte foi Thiago Gomes, de 27 anos. Ele também registrava a manifestação em vídeo quando um militar pediu para ele parar e levantar as mãos. Nesse momento, o militar atirou na barriga de Thiago com uma arma de tiros de borracha.
Já o estudante de jornalismo João Vitor de Almeida Brito Alves, de 20 anos, foi atingido na cabeça por um cassetete de um militar. Segundo informações da Polícia Militar, o jovem foi encaminhado para o pronto-socorro do Hospital João XXIII e, depois de receber os cuidados necessários, foi liberado.
Atualizada às 19h58