Depois de ficar sem reação ao ver o pai cair da escada e bater a cabeça dentro de casa, há dois anos, o auxiliar de impressão Rafael Coelho, 28, decidiu que não iria mais passar por uma situação semelhante sem saber o que fazer. “Fiquei desesperado e decidi fazer cursos de socorrista para aprender a reagir em casos de acidentes. Como queria ajudar, me tornei voluntário”, contou.
Desde então, ele passou a integrar o Serviço Voluntário de Socorro e Resgate Rodoviário (Servir), que, no último dia 30, completou quatro anos dedicados a salvar vidas nas estradas de Minas. “Não pude ajudar meu pai, que perdeu o olfato, mas passei a socorrer outras pessoas”, disse.
O Servir foi criado em 2011 por uma equipe de socorristas da Cruz Vermelha que desejavam colocar em prática o que aprenderam no curso prestado pela organização. “Eles queriam atuar no local que mais precisava de ajuda e, por isso, escolheram a BR–040, que tem alto índice de acidentes”, explicou o presidente do serviço, Fábio Roberto Ferreira, 50.
Os 26 voluntários fazem o serviço funcionar com recursos próprios – cada um deposita R$ 20 por mês para contribuir com a gasolina e com aquisição e manutenção dos equipamentos de primeiros socorros – e doações. “Quando recebemos uma ocorrência, vamos até o local e fazemos os primeiros socorros até a chegada do Samu ou do Corpo de Bombeiros”, explicou Ferreira. A cada plantão, são quatro voluntários e um carro à disposição das 9h às 19h. Em alguns plantões, são atendidas até oito ocorrências.
Para doar ao do Servir ou ser voluntário, é preciso entrar em contato com o grupo por meio dos telefones (31) 99600-8444 ou (31) 97576-6223. Os membros da equipe incluem profissionais da saúde, como enfermeiros e técnicos de enfermagem, motoristas, técnicos de segurança do trabalho, socorristas, bombeiros civis, dentre outros.