Três camelôs acabaram detidos na tarde desta terça-feira (24) após resistirem à abordagem e atirarem objetos contra guardas municipais e fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no Centro da capital mineira. A confusão acabou assustando a população que passava pela região, provocando uma correria.
De acordo com a subinspetora Valéria Aguilar, da Guarda Municipal, a corporação dava auxílio aos fiscais da Regional Centro-Sul na abordagem de vendedores irregulares na esquina da rua Guarani com Tamoios. "Era uma fiscalização de rotina. E a guarda sempre apoia, já que está virando rotina o confronto com os ambulantes na região", afirmou.
O grande número de fiscais e guardas chegou ao local por volta das 14h. Assim que percebeu que seria abordado, um dos vendedores teria se revoltado e partiu para cima, atirando vidros de perfumes (que seriam apreendidos) contra as autoridades. "Foi aí que iniciou a confusão e agressões. Três deles participaram e tentaram correr, circulando por uma grande parte do Centro de BH. As ruas estavam muito cheias e a população ficou muito assustada. Felizmente conseguimos contê-los, nem foi preciso o uso das armas de choque", disse Valéria.
Um guarda municipal chegou a sofrer escoriações leves nas mãos durante a operação, mas não teria sido socorrido. Os três suspeitos foram levados para a Delegacia Adida do Juizado Especial Criminal (Deajec).
Fiscalização intensificada na região
Nos últimos dois meses as ações da fiscalização na região foram intensificadas a pedido do prefeito Marcio Lacerda (PSB), de acordo com o secretário da Regional Centro-Sul Marcelo de Souza e Silva. "A cidade precisa de ter essa formalidade, já que 86% do PIB é de comércios e serviços. Com a chegada do fim do ano os vendedores clandestinos aumentam na região, já que cerca de 1 milhão de pessoas passa pelo hiper-centro diariamente. Mas isso não é justo com quem é legalizado", defende.
A operação desta terça-feira seria de rotina, ainda de acordo com o secretário. "Tem hora que acontecem confrontos. Muitas vezes encontramos ambulantes alterados, suspeitamos de embriaguez e até drogas em alguns casos. Mas é por isso que sempre vamos acompanhados de guardas", finalizou Silva.