Começou na manhã desta terça-feira (27) o julgamento de três homens suspeitos de envolvimento na mate de quatro servidores do Ministério do Trabalho em Unaí, no Norte do Estado. A sessão acontece na sede da Justiça Federal de 1º Grau em Minas Gerais, em Belo Horizonte.
O júri é formado por cinco mulheres e dois homens. Ao todo, são sete testemunhas de acusação e 22 de defesa.
Na audiência desta terça, Rogério Alan Rocha Rios, William Gomes de Miranda e Erinaldo de Vasconcelos Silva, conhecido como Júnior, responderão por homicídio qualificado e formação de quadrilha. Além disso, Erinaldo vai responder também por ocultação de cadáver.
Como estratégia, a defesa dos réus pretende transformar a execução em latrocínio (roubo seguido de morte). Para o advogado auxiliar de acusação Rogério Del-Corse, o trio assumiria o crime para livrar os mandantes dos assassinatos, os irmãos Norberto e Antério Mânica, políticos e fazendeiros da região.
Um dos acusados teria dito em depoimento que as mortes não foram encomendadas e sim um roubo que deu errado.
Segundo o Código Penal, a pena mínima para homicídio triplamente qualificado é de 15 anos de prisão, enquanto, no caso de latrocínio, é de 20 anos.
Crime
Os assassinatos aconteceram em janeiro de 2004. Três auditores fiscais e um motorista foram mortos em uma emboscada enquanto vistoriavam fazendas e pequenas propriedades rurais da região de Unaí.
O objetivo era averiguar denúncias de existência de trabalho escravo na região e combater eventuais irregularidades trabalhistas.
Atualizada às 11h09