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Cleide Donária defende estatizar bancos e armar a população

Candidata do PCO ao governo de Minas afirma que as eleições no Brasil são viciadas e controladas por capitalistas

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PUBLICADO EM 14/08/14 - 16h13
Adotando um discurso duro e categoricamente decorado, a candidata ao governo de Minas pelo PCO, Cleide Donária, de 43 anos, duela contra adversários que possuem uma previsão de gastos de campanha até 200 vezes maior. O abismo entre as verbas, no entanto, não assusta a militante que participa de movimentos sociais desde a década de 90.
Filiada desde 2008 ao partido, a funcionária pública já disputou outras duas eleições – uma para deputada estadual e outra para vereadora – sendo derrotada em ambas. Cleide afirma que o mais importante das eleições é conseguir difundir a ideia da realização de uma revolução socialista feita por operários e trabalhadores.
“As eleições no Brasil mostram um processo viciado e totalmente controlado pelos grandes capitalistas. É um jogo de cartas marcadas que tem como objetivo 'legitimar' o controle do orçamento estatal em benefício de um punhado de espertalhões, contra os interesses da população”, afirma.
Com a candidatura impugnada pelo TRE-MG desde a última semana, Cleide credita o engessamento de sua campanha a uma 'escalada de ataques da direita', fazendo com que partidos que não contam com 'aparatos jurídicos e contábeis' caríssimos sejam inviabilizados. De acordo com o tribunal, a impugnação aconteceu pela falta do cumprimento da Lei nº 12.034, que prevê que o sexo feminino deve representar, no mínimo, 30% do número de vagas de candidatos de cada partido.
Defendendo um governo operário, Cleide afirma que o pagamento da dívida pública – que compromete cerca de 47% do orçamento federal – faz com que a população fique sem os investimentos e cuidados necessários por parte do Estado.
“A Lei de Responsabilidade Fiscal sufoca o orçamento dos Estados para favorecer os repasses para os bancos, por meio de uma dívida, evidentemente corrupta, conforme o mostrou a CPI realizada em 2007, que nem sequer foi auditada. Os bancos sem receber recursos públicos imediatamente quebrariam. Devem ser estatizados”, diz. Ela também defende a estatização das grandes empresas.
De acordo com a candidata, apenas atitudes radicais como estas poderiam fazer com que fosse possível a aplicação de um salário mínimo que “não pode ser menos que R$ 3.500” e a criação de um sistema público e gratuito de educação e saúde que tenha qualidade.
Outro ponto polêmico do plano de governo de Cleide é a dissolução da Polícia Militar para a criação de milícias populares, que, segundo ela, já são realidade em outros países. No texto original do PCO, o plano também defende o “direito da população a se armar”.
Colocando-se em um cenário onde fosse eleita, Cleide afirma que a vitória de uma candidatura operária deve ser colocada a serviço da “divulgação das verdadeiras reformas das quais o Brasil precisa”.
 
* Com supervisão de Ricardo Corrêa
 
Rádio Super

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