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NA MIRA DA JUSTIÇA

Janot abre investigação sobre fala de Fidelix sobre os homossexuais

Chamada de procedimento preparatório eleitoral, a investigação dará 24 horas para candidato do PRTB apresentar sua defesa

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PUBLICADO EM 01/10/14 - 21h39

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou a abertura de uma investigação para apurar se o candidato à presidência do PRTB, Levy Fidelix, cometeu crime num debate eleitoral em que disse ser preciso "enfrentar" a minoria homossexual do país.

Chamada de procedimento preparatório eleitoral, a investigação dará 24 horas para Fidelix apresentar sua defesa. Após ouvir o candidato, Janot irá decidir se toma alguma medida judicial contra ele.

De acordo com Janot, ser contrário à união homossexual, ou até mesmo contra os homossexuais, é uma opinião protegida pela liberdade de expressão. Ele ponderou, contudo, que incitar o enfrentamento não deve ser tolerado.

Para o PGR, a fala de Fidelix é um "convite à intolerância e à discriminação, permitindo, em princípio, sua caracterização como discurso mobilizador de ódio".

Debate

As declarações de Fidelix foram dadas após pergunta da candidata Luciana Genro (PSOL), que citou a violência a que a população LGBT é submetida e indagou o candidato sobre os motivos pelos quais os que "defendem a família se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo."

"Aparelho excretor não reproduz (...) Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar", afirmou.

Na réplica, Luciana defendeu o casamento igualitário como forma de reduzir a violência contra a população LGBT. Na tréplica, entretanto, Levy subiu o tom.

"Luciana, você já imaginou? O Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para 100 [milhões]. Vai para a avenida Paulista, anda lá e vê. É feio o negócio, né? Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer que sou pai, uma mãe, vovô, e o mais importante, é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá", disse.

Folhapress
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