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Debate

Luciana ‘bomba’ após embate 

Em confronto direto com o presidenciável tucano, candidata vira “febre” nas redes sociais

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Apoio. Luciana Genro fez caminhada em São Paulo e recebeu apoio das pessoas após o debate da CNBB
PUBLICADO EM 18/09/14 - 03h00

A cada 30 segundos, em média, o termo “Luciana Genro” foi citado em redes sociais nesta quarta, indicou a ferramenta de audiência na web Social Mention. Horas após debate entre presidenciáveis promovido pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Luciana, presidenciável do PSOL, ainda figurava como um dos assuntos mais comentados em redes sociais.
 

No debate, a candidata do PSOL associou explicitamente o candidato Aécio Neves (PSDB) à corrupção e atacou o financiamento das campanhas dele, da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) e da candidata Marina Silva (PSB).

Em conversa com O TEMPO, ela revela que a repercussão após criticar Aécio no debate une apoio e bom humor dos eleitores: “As pessoas me param na rua e dizem: ‘Aécio uma ova, voto na Luciana’”, comemora a candidata do PSOL, que tem como principais bandeiras defesa do aborto, condenação da homofobia e descriminalização da maconha.

Batendo de frente com o candidato tucano Aécio Neves, destilando duras críticas com a voz suave e o sotaque gaúcho, o desempenho da candidata no debate turbinou suas redes sociais. Sua página no Facebook saltou de pouco mais de 127 mil curtidas para quase 150 mil, em menos de 24 horas. Seu Twitter passou de 33,7 mil seguidores para 37,5 mil.

“Ela foi, sem dúvida nenhuma, a vencedora do debate nas redes sociais”, diz Paulo Renato Ardenghi, mestre em ciências sociais e especialista em marketing digital político.

Para o especialista, a justificativa é simples: Luciana não tem experiência em cargo majoritário no Executivo, portanto, não tem experiências de sucesso para mostrar, tampouco desgaste.

“O que ela fez, e fez muito bem, foi atacar Aécio Neves em temas que também podem ser usados contra Dilma Rousseff e Marina Silva. Como Aécio não conseguiu responder à altura, Luciana capitalizou.”

A postura de Aécio também ajudou, ressalta Ardengui. “Achei muito estranho o Aécio não questionar a acusação dela, questioná-la. Ele poderia ter dito que não era verdade, mas preferiu vinculá-la ao PT. Ele se saiu muito mal na resposta”, avalia. Outro ponto positivo para a candidata do PSOL é que sua sigla, fundada em 2004, portanto, partido jovem, com boa articulação em redes sociais.

Nazismo. Um dia antes do debate, Luciana também ganhou evidência nas redes sociais ao se envolver em polêmica com o humorista Danilo Gentili, que possui forte influência na internet, com 9,4 milhões de curtidas no Facebook e 6,7 milhões de seguidores no Twitter. Ela foi entrevistada no programa do humorista e disse que ele precisava estudar mais, rebatendo fala dele de que seria “fuzilado se fosse comunista”.

Depois, Gentili postou uma foto em rede social comparando Luciana a Hitler e pode sofrer processo por apologia do nazismo.

Análise

Luta. O sociólogo Rudá Ricci analisa que o ataque de Luciana Genro no debate foi um típico embate dos primeiros anos de vida do PT. “Aécio revelou total desconhecimento deste terreno”.

Polêmicas
Providência divina
. Nem Dilma Rousseff (PT) nem Marina Silva (PSB) precisaram responder a perguntas sobre questões morais no debate promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP).

Tucano. Entre as principais candidaturas, só Aécio Neves (PSDB) foi sorteado com uma das questões sobre aborto, família, união homoafetiva e Estado laico feitas por bispos e jornalistas católicos.

Oportunidade. Desde o início do debate, a maioria dos candidatos citou quando possível os laços com a fé católica ou com a doutrina política cristã.

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