Bastidores
Estrutura de alto nível fez a diferença para 13 pódios do judô no Pan
Delegação ficou hospedada em hotel em Mangaratiba (RJ), que foi todo alterado pela Confederação Brasileira de Judô, pensando no bem-estar dos atletas
Por mais que o mérito do bom resultado do judô brasileiro no Pan-Americano seja dos atletas, por terem conseguido bons resultados, toda uma estrutura esteve por trás antes mesmo da competição começar.
Faltando 10 dias para o embarque, toda a equipe ficou concentrada em um hotel em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, mostrando uma preocupação da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) em dar boas condições de trabalho para os atletas brasileiros.
"Foi algo inédito, essa questão de nos reunirmos em um local, todos juntos, com toda essa estrutura, nunca tinha acontecido. Foi algo excepcional, que nos deu todo o suporte. A boa preparação conta muito no tatame.Foi uma espécie de teste para o que teremos ano que vem, perto da Olimpíada", analisa Mariana Silva, bronze na categoria até 63kg.
Logo ali. Tudo que os atletas precisavam estava à disposição. "Eu andava três minutos do meu quarto até o local do treino. A estrutura era excelente", elogia Érika Miranda, que também levou o ouro, mas na categoria até 52kg.
Nathália Brígida, bronze na categoria até 48kg, também analisou o foco total no treino. "Lá tinha tudo que um atleta precisa, uma condição pra se pensar somente em treinos, sem outras responsabilidades. Existe todo um bastidor por trás do resultado. No Canadá, antes de ir para a Vila, ainda tivemos uma boa preparação na Universidade de York", aponta a judoca.
Todos os três, além de Mariana Silva, fazem parte da equipe Belo Dente-Minas e se preparam para o Mundial de Astana, no Cazaquistão, em agosto.
Deu! Para Érika Miranda, nem tudo era positivo. "Cansei de olhar para a cara das meninas. Ficamos muito tempo juntas. No desembarque fiz questão de falar com elas que eu as amava, mas que não queria vê-las novamente tão cedo", brinca.