A empresária Flávia Lemos, 36, cresceu vendo a mãe fazer crochê. Quando começou a se entender por gente, a irmã, oito anos mais velha, também já havia aprendido a técnica. Aos 7 anos, foi a vez de ela própria começar a dar seus primeiros pontinhos, com as instruções da mãe.
“Essas coisas contam a nossa história, nossa cultura, criam laços mais fortes com a família. Às vezes, nós nos perdemos na correria em que vivemos, e isso nos resgata”, opina ela.
A atividade também gera uma ligação com sua mãe, um tipo diferente de diálogo entre elas. “Muitas vezes, ficamos as duas fazendo crochê. Ela, fazendo um tapete, e eu, as flores. Cada uma está ali sabendo o que está fazendo. É como se houvesse uma conversa, mas não há”, diz.
Na adolescência, Flávia já chegou a fazer algum dinheiro vendendo biquínis de crochê, quando eles estavam na moda. Hoje, ela tem a atividade como um momento próprio. “Entro mais na minha mente quando faço crochê”, e conta que acaba distribuindo e dando de presente para as pessoas queridas as peças que faz. (RS)