A crise no sistema prisional de Minas está ligada à falta de entendimento na coordenação dos presídios neste período de transição de governo, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Minas Gerais (Sindasp-MG), Adeilton de Souza Rocha. “Tem muita gente querendo contribuir, mas que não tinha conhecimento do sistema, e faltam diretriz clara e coordenação geral”, disse.
Ele reclama que os agentes sofrem constrangimentos. Ele conta que durante o motim no Ceresp de Betim, no último dia 10, um dos agentes atirou contra um detento durante seu trabalho, foi acusado de lesão corporal e poderá responder processo.
“Estamos em um momento delicado no sistema, e uma situação dessa joga a moral do agente penitenciário lá embaixo e reforça a coragem dos presidiários para se rebelarem. Somos treinados, e, se o agente teve que usar a arma, foi para evitar um mal maior”. A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que herdou o déficit de vagas da gestão anterior.
Passado. Rocha lembra que Minas sofreu uma crise no sistema no fim da década de 90 início dos anos 2000. “A gente tinha preso com arma no presídio e fazendo puxadinho no pátio. Isso não existe mais, mas as melhorias estão estagnadas”.