“Mineira de Londrina”, Fernanda Branco Polse morou em Belo Horizonte dez anos antes de mudar para São Paulo. A brincadeira da artista, que é natural do Paraná, não é por acaso: pois foi aqui que ela teve o “start” para o disco que acaba de colocar nas plataformas digitais, “Bicho Branco Polse”. “Um dia eu estava numa sessão de acupuntura, meio dormindo acordada, e eu visualizei o álbum na minha mão. Ele era vermelho, tinha uma fotografia minha toda listrada, como uma zebra, e chamava ‘Bicho’. Eu saí de lá muito sensibilizada, com uma fúria criativa muito forte”, recorda.
O que parecia um percalço no caminho foi o que possibilitou a materialização do sonho – Fernanda teve as rodas de seu carro roubadas e decidiu vender o automóvel para financiar o projeto. “Sem carro, eu comecei a perceber a cidade de outra maneira, fora do meu metro quadrado particular. E isso foi muito importante para renovar a minha percepção de mundo, da rua, e minhas noções de pureza e perigo. A rua é uma escola”, considera.
Composto de 14 faixas e transitando por diversos estilos, o disco é uma mistura de música eletrônica com pegada surrealista. Jornalista e artista plástica, Fernanda procura extirpar uma imagem de cada um dos sons que articula. “Nas letras eu traduzo e reinvento um pouco das minhas histórias, lutas, caminhos e descaminhos”, avalia a compositora.
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Sons imagéticos de Fernanda Branco Polse
Composto de 14 faixas e transitando por diversos estilos, o disco é uma mistura de música eletrônica com pegada surrealista
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