A diminuição do preço da gasolina, esperada após a sanção do teto do ICMS na noite dessa quinta-feira (23) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda não está sendo repassada pela maioria das distribuidoras aos postos de combustível, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro). Originalmente, estimava-se que a queda do preço da gasolina chegaria a R$ 1,62 em Minas, mas, após o reajuste anunciado pela Petrobras, a baixa deve diminuir para R$ 1,47, calcula a Valêncio Consultoria, especialista no setor. 

“Em contato com as distribuidoras, alguns diretores do Minaspetro receberam informações que o repasse pode ser realizado de forma gradativa. As informações dão conta que as distribuidoras ainda não estão repassando integralmente”, diz o Minaspetro, por meio de nota. O sindicato ainda destaca que, por ser o último elo da cadeia de distribuição de gasolina, o preço na bomba dependeria da baixa nos demais fornecedores. 

Desde que o projeto do teto do ICMS foi anunciado, analistas avaliavam que a redução do preço poderia não chegar integralmente ao consumidor, já que a diminuição do impostos poderia ser utilizada para recompor lucros da cadeia de produção e venda.

Resposta das distribuidoras

Procurada pela reportagem, a Vibra Energia — antiga BR Distribuidora — , afirmou que "iniciou imediatamente os repasses da redução dos impostos para toda sua rede  de postos e demais clientes e continuará a fazê-lo na medida em que seus estoques forem renovados". A empresa também destacou que os preços praticados nas bombas do país são livres e não estão sob sua gestão e, sim, dos revendedores. 

Em nota, a Ipiranga informou que "está comprometida com a sociedade para que seja alcançada a redução do preço dos combustíveis ao consumidor final. No entanto, a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18, que foi convertida na Lei Complementar 194/22, relativa ao ICMS, ainda não foi implementada, pois depende da regulamentação dos estados, que ainda não foi publicada". Por isso, a bandeira "seguirá a legislação vigente".