Durante a audiência na Assembleia Legislativa de Minas ontem, foram apresentados vários fatos que corroboram a teoria de que Juscelino Kubitschek foi vítima de um atentado, em 1976. O assessor direto de JK, Serafim Jardim, lembrou que o corpo do ex-presidente foi mantido descoberto no cemitério de Resende, no Rio, enquanto o corpo do motorista de JK, Geraldo Ribeiro, foi mantido dentro de um caixão lacrado.
“Por que mantiveram o corpo dentro do caixão lacrado? Certamente para esconder as marcas que revelavam as causas do acidente, como a marca de bala. Juscelino sempre me dizia que tinha medo de ser morto. Ele era monitorado e seguido constantemente pelos militares e sabia disso”, diz.
O homem de confiança do ex-presidente lembrou ainda que os militares proibiram que qualquer foto dos corpos fosse anexada ao inquérito policial da época.
Já o jornalista e assessor da Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, da Câmara de São Paulo, Ivo Patarra, lembrou que a pousada em que JK esteve dois minutos e meio antes do acidente fatal, em Resende, pertencia ao brigadeiro Newton Junqueira Villa-Forte, homem de confiança dos militares e criador do Serviço Nacional de Informação (SNI).
“JK não tinha motivos para estar lá. Tudo aponta que o brigadeiro, junto com os militares, atraiu JK para o local e eles combinaram que, de lá, ele não sairia vivo. O médico Guilhermo Romano, também ligado ao regime militar, estava em Resende naquele dia. Para que? Certamente confabulavam um plano”, afirmou o jornalista. (TT)