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Bênção em maternidade gera intolerância em Contagem

Prefeito convidou representantes da Igreja Católica, pastores evangélicos e líderes da Umbanda para abençoarem obra recém-lançada

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PUBLICADO EM 30/05/16 - 03h00

Durante a inauguração da Maternidade Juventina Paula de Jesus, em Contagem, no sábado da semana passada, o prefeito Carlin Moura (PCdoB) convidou representantes da Igreja Católica, pastores evangélicos e líderes da Umbanda para abençoarem a obra recém-lançada. Mas a foto de uma das representantes da Umbanda acabou viralizando na internet junto de manifestações de intolerância religiosa.

No Facebook, um suposto pastor evangélico publicou que a prefeitura promoveu “uma ‘terreirada’ na solenidade de inauguração da maternidade”. A postagem logo recebeu dezenas de críticas e levou a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de Contagem a se posicionar.

Em nota, o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Érico Nogueira, manifestou solidariedade aos ofendidos e se colocou à disposição para buscar a verdade. “As montagens de intolerância são criminosas e devem ser tratadas como tal. As pessoas diretamente atingidas devem procurar o Ministério Público e a delegacia de crimes virtuais. A foto é uma montagem ofensiva. Somos contra o preconceito”.

Segundo a pasta, foi definido que uma comissão formada por representantes das religiões de matrizes africanas irá procurar a Justiça, via Ministério Público, para tratar do caso. As entidades também promoverão ações educativas visando à tolerância e respeito entre as pessoas.

Também em nota, a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial disse que a “manifestação de setores ‘ditos cristãos’ contrária a liturgia da matriz africana na inauguração da Maternidade de Contagem, referindo-se a esta como uma ‘terreirada’, é um neologismo claramente pejorativo e discriminatório, dando clara intenção de preconceito religioso”.
 

FOTO: Reprodução / Facebook
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Discórdia. Momento em que representante da Umbanda abençoa maternidade de Contagem. Foto foi compartilhada nas redes sociais com ataques de intolerância religiosa. O secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Érico Nogueira, orientou as pessoas ofendidas pelos comentários preconceituosos a denunciar as postagens no Ministério Público. A Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial conclamou as pessoas a defenderem a diversidade religiosa.

Desconfiança

Os vereadores da capital mineira andam desconfiados com o empresário Paulo Brant, possível candidato do prefeito Marcio Lacerda (PSB) à Prefeitura de Belo Horizonte. Alguns parlamentares revelaram ao Aparte que é “perigoso” que Brant siga os passos de Lacerda, que eles identificam como “muito técnico e nada político”. “O Brant tem que mostrar que vai ser diferente do Marcio. Caso contrário, não terá apoio dos vereadores”. Segundo outro parlamentar, Lacerda transformou a prefeitura em uma empresa. “Ele é um empresário, não sabe negociar. Já aconteceu de ele não conseguir apoio para aprovar um projeto porque não mandou fazer um quebra-molas. O que é um quebra-molas para o Marcio? Nada. Mas ele não sabe negociar”, confidenciou o vereador.

Apoio fraco

Segundo um vereador que pertence a base governista do prefeito Marcio Lacerda, na realidade, Lacerda não tem base. “Já faz quase oito anos que Marcio está comandando a cidade, mas não tem o apoio verdadeiro de nenhum dos vereadores. Ele não tem força para conseguir aprovar um projeto”, avalia. Ainda de acordo com o parlamentar, por causa disso, são constantes as “rebeliões” dos vereadores, que ficam diversas reuniões sem apreciar nenhuma proposição. “É um jogo de pirraça. Marcio não dá o que eles querem, e eles não votam. E isso funciona muito bem”, afirmou. Segundo outro vereador da base de Lacerda, se Brant for eleito como prefeito, o principal desafio dele será construir uma base. “Ele não precisa criar uma base sólida e fiel?”, questiona.

“Se o magnata populista Donald Trump chegar à Casa Branca, o mundo certamente vai andar para trás.” Roberto Jefferson (PTB-RJ), condenado pelo mensalão e ex-deputado federal

R$ 13,3 mil é o valor que a Câmara Federal empenhou para a compra de 2.000 unidades de lâmpada fluorescente tubular de 16 watts, de cor branca.

Homenagem. O deputado estadual e empresário do ramo calçadista em Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas, Fábio Avelar (PTdoB) criou um projeto de lei para instituir no Estado o Dia do Sapateiro. De acordo com a justificativa da proposição, o sapateiro tem “presença” indispensável em todas as comunidades do país.

Coincidência no calendário

As contas de governo da presidente Dilma Rousseff de 2015 e os atos que levaram a seu impeachment só serão julgados pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) no segundo semestre. O ministro José Múcio pretende pedir ao governo explicações. A sessão em que ele fará esse pedido está prevista para o meio de junho. Como o prazo para explicações deve ser de 30 dias e as respostas terão que ser analisadas internamente, o calendário do julgamento final no TCU das contas de gestão deve coincidir com o que está sendo preparado no Senado para o julgamento do afastamento definitivo da presidente do cargo, previsto para setembro.

O retorno de Barbosa

Aposentado desde 2014, depois de ganhar popularidade como relator do processo do mensalão e figurar como possível presidenciável, o ex-ministro Joaquim Barbosa voltou sem alarde ao mundo jurídico, mas agora do outro lado do balcão, como advogado. Ele mudou-se para São Paulo e, no dia 16 de fevereiro, foi inscrito na seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Juntou-se a Cesar Janoti e Thiago Sorrentino, dois de seus ex-auxiliares da época de Supremo, para advogar nas áreas penal, tributária, empresarial, constitucional, administrativa e de mediação e arbitragem.

“Quando vejo este projeto que proíbe a colaboração de quem está preso e também o projeto que visa restabelecer a exigência do trânsito em julgado para execução de penas, fico me indagando se não estamos vendo alguns sinais de uma tentativa de retorno ao status quo da impunidade dos poderosos.” Sergio Moro, juiz federal responsável pela Lava Jato

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