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Deputado quer dar título para Doria, mas comissão nega, e ele promete recorrer

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PUBLICADO EM Thu Aug 24 03:00:00 GMT-03:00 2017

Deputado quer dar título para Doria, mas comissão nega, e ele promete recorrer

A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) rejeitou ontem o requerimento para concessão do título de Cidadão Honorário de Minas Gerais para o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). O autor da proposta, deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM), afirmou que vai recorrer da decisão do colegiado.

O requerimento do parlamentar pedia para que fosse encaminhado ao governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), o pedido de providências para que o tucano recebesse a comenda. Nos últimos dias, João Doria recebeu títulos de Cidadão Honorário em Salvador (BA) e Natal (RN).

Durante a votação, posicionaram-se de forma contrária ao título os deputados Agostinho Patrus (PV), Arnaldo Silva (PR), Cristiano Silveira (PT) e o presidente do colegiado, João Magalhães (PMDB). Somente Sargento Rodrigues (PDT) e Dirceu Ribeiro (PHS) votaram a favor do requerimento. Com esse resultado, a proposta foi arquivada.

Conforme pessoas presentes à reunião, o presidente da comissão, João Magalhães, afirmou que o tucano precisava “fazer algo por Minas” para fazer jus à comenda. Em conversa com a coluna, Gustavo Corrêa disse que vai recorrer da decisão junto ao presidente da Casa, Adalclever Lopes (PMDB).

Segundo Corrêa, se o recurso for aprovado, o requerimento vai ser encaminhado para a análise de outra comissão do Legislativo. “Nunca foi praxe da Assembleia negar esse tipo de requerimento para ninguém. E eu lamento que o meu colega João Magalhães e os outros deputados não tenham tido o zelo e a preocupação de lerem um pouco da história do João Doria”, afirmou.

O deputado argumenta que, enquanto presidente da Embratur, o prefeito paulista “levou o turismo de Minas Gerais e do Brasil para o mundo” e realizou “inúmeros” seminários sobre o desenvolvimento do Estado. Corrêa afirma ainda que, diferentemente do PT, ele não queria conceder o título para o tucano por demagogia.

“Inclusive, quando o Pimentel já era governador, João Doria utilizou o espaço da Cidade Administrativa (para os seminários). Só que, na época em que ele fez isso, ele não era prefeito de São Paulo nem candidato. Ele não representava ameaça política”, disse.

Corrêa ainda alfinetou outros títulos concedidos. “Lamento que as pessoas se preocupem em apenas fazer política e se esqueçam da história. O que foi que o João Stédile fez por Minas? Nada. Então, eu vou recorrer e vou continuar defendendo as minhas ideias”, declarou o parlamentar.(Fransciny Alves)

R$ 460 mil

É o valor que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal gastaram com a compra de café no primeiro semestre deste ano. O gasto da Câmara somou R$ 286 mil, enquanto a do Senado foi de R$ 174,1 mil. 

À procura de vice

Passando por uma fase de repaginação, o DEM já está estudando o perfil de uma eventual candidatura à Presidência da República. A sigla aposta que a grande novidade seja em relação ao nome de um vice. A ideia é que a legenda tenha um político da própria sigla na cabeça de chapa e convide para ocupar o posto de vice uma figura de prestígio da sociedade, que tenha afinidade com as propostas da legenda. Nos bastidores, líderes do DEM comentam que o nome de Bernardinho, ex-treinador da seleção de vôlei, seria o ideal. A aposta da sigla é que uma chapa com esse perfil pode garantir pelo menos 15% dos votos. Atualmente, Bernardinho é filiado ao Novo.

Frase do dia

“Atenção, senhores do mercado: comprar empresas públicas na atual circunstância política do Brasil é crime de receptação. Bem claro assim?” Roberto Requião, Senador (PMDB-PR)

FOTO: Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/Divulgação

Barrado. O secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, Hussein Kalout, foi impedido de embarcar em um voo da American Airlines para os Estados Unidos, na última segunda-feira, após se recusar a se submeter a uma inspeção especial, que ele considerou humilhante. Kalout estava a caminho de Nova York, em missão oficial. Segundo o secretário, ele estava prestes a entrar no avião quando foi retido por um funcionário da companhia aérea. Ele foi informado de que teria de sair e se submeter a uma inspeção especial para embarcar. Kalout se negou a passar pela inspeção corporal. Ele acredita que foi barrado por causa de seu nome, de origem síria. Ontem, o governo divulgou nota em que considera “lamentável” o tratamento dispensado pela companhia aérea.

Em família

Dois dos três filhos do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) acompanharam o julgamento do recurso do político, que terminou na madrugada de ontem. Renato Azeredo e Gustavo Azeredo ficaram no plenário do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) até o desembargador vogal, Adilson Lamounier, indicar seu voto pela manutenção da condenação e definir o julgamento. Por diversas vezes, Gustavo comentava as falas dos desembargadores. Chegou a classificar uma colocação do relator do caso, desembargador Alexandre Carvalho, como “perfeita”. Carvalho votou pela absolvição. Após a definição do resultado, ele saiu do plenário demonstrando irritação.

Classe indigna

O desembargador revisor do recurso do ex-governador Eduardo Azeredo, Pedro Vergara, fez um desabafo contra a classe política durante a leitura de seu voto. “Tem uma classe que gosta de ser tratada como Excelência, mas que é indigna. Eu não preciso falar qual é, todos sabem. Esses, eu não estendo a minha mão para cumprimentá-los”, afirmou. Vergara ainda destacou que não se deixaria influenciar pela posição política já ocupada por Eduardo Azeredo, nem mesmo pelo fato de o político ser amigo de seus familiares. “Minha irmã é amiga do governador, mas isso não afeta em nada o meu dever de julgar com imparcialidade os crimes que ele tenha cometido”, disse Vergara.

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