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Deputados do PRB utilizam verba em locadora de aliados 

Procurados por meio de suas assessorias, Gilberto Abramo e Carlos Henrique não tinham se manifestado até o fechamento desta página

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PUBLICADO EM 27/01/16 - 03h00

Em pouco mais de dois anos, deputados filiados ao PRB repassaram, por meio da verba indenizatória da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), cerca de R$ 260 mil a uma empresa que é de propriedade de lideranças e membros do próprio partido.

Criada em 2013, a Álamo Rent a Car BH prestou serviços de locação de veículos ao então deputado Carlos Henrique (PRB) – hoje secretário de Estado de Esportes – e ao deputado estadual Gilberto Abramo, presidente estadual do partido.

Inicialmente, a empresa foi criada em nome de Manoel Vanderlan da Silva e Rodrigo Azevedo Gusmão. Vanderlan, na verdade, era funcionário de Wilson Fernandes Costa, membro da Executiva do PRB de Minas e assessor parlamentar no gabinete de Gilberto Abramo. Já Rodrigo Azevedo é vereador, pelo PRB, no município de Comercinho, no Vale do Jequitinhonha. Curiosamente, na época, o registro da Álamo na Receita Federal apresentava o celular de Wilson Fernandes como o telefone oficial da empresa.

Wilson pertence à Igreja Universal e é membro do PRB desde o início da última década. Ele já trabalhou como assessor para lideranças conhecidas do partido, como o atual ministro do Esporte, George Hilton. A boa relação de Wilson com a política também pode ter ajudado a empregar sua esposa na Assembleia de Minas. Desde junho, Ivana Rocha Rafael Costa está nomeada como “Técnico Executivo de Gabinete” na presidência da Casa. Lá, ela recebe um salário de R$ 11.582, mesmo sem precisar registrar presença.

Apesar de a empresa continuar em braços aliados, o quadro societário da Álamo, em agosto do ano passado, mudou, entrando, como novo sócio-proprietário, o ex-vice-presidente do PRB estadual Seleme Hilel Neto.

No geral, a Álamo recebeu, por mês, repasses entre R$ 5.000 e R$ 7.000 dos deputados. Os valores eram ressarcidos pela Assembleia pelo serviço de “Locação e fretamento de veículos”.

Procurados por meio de suas assessorias, Gilberto Abramo e Carlos Henrique não tinham se manifestado até o fechamento desta página. As ligações da coluna para os telefones da Álamo Rent a Car e para o celular de Wilson Fernandes não foram atendidas nos últimos três dias.

Resposta

Na última segunda, o Aparte mostrou que o deputado estadual Douglas Melo (PSC) utiliza, desde julho do ano passado, parte de sua verba indenizatória da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para repassar dinheiro a um escritório que é de propriedade do presidente e do vice-presidente do PSC de Sete Lagoas, mesma legenda do parlamentar. Após a publicação, o escritório que atende Douglas Melo – e que, no momento da produção da matéria, não foi encontrado para comentar – enviou à coluna uma nota de esclarecimento. Assinada pelo advogado Lucas de Brito Gonçalves – presidente do PSC de Sete Lagoas –, a nota afirma que não há qualquer tipo de ilegalidade na contratação do escritório por parte do gabinete do deputado.

Legalidade

Segundo a nota, os proprietários do escritório “repudiam veementemente qualquer tipo de insinuação acerca dos motivos da contratação de seus serviços por qualquer de seus clientes e esclarecem que, especificamente no caso da contratação de seus serviços profissionais pelo deputado estadual Douglas Melo, esta se deu em total conformidade com os termos da legislação vigente”. Ainda de acordo com a resposta, a atividade jurídica da empresa não pode ser questionada por conta da legislação vigente, “bem como assim também não o são as razões pelas quais seus clientes optam pelo escritório para prestar-lhes serviços de advocacia e consultoria jurídica”. A nota não aborda a coincidência partidária entre os proprietários e o deputado, e não cita que o advogado Lucas Gonçalves de Brito é, além de presidente municipal da sigla de Douglas Melo, genro de Geraldo Padrão, diretor da rádio Musirama – a mesma em que o deputado possui um programa.

FOTO: Reproduçao / Youtube
01
 

‘Purpurinaço’. Manifestantes protestaram e jogaram purpurina no deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). O ato se deu durante a participação do parlamentar em um debate no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Houve um “beijaço LGBT” nas dependências do prédio para questionar posicionamentos do deputado. Grupos favoráveis e contrários a Bolsonaro discutiram e chegaram a trocar agressões no local.

R$ 16 mil É O VALOR que a Agência Brasileira de Inteligência empenhou para a compra de 990 pacotes de café e 975 kg de açúcar, do tipo cristal e sacarose de cana-de-açúcar.

A bomba

A decisão do deputado federal mineiro Leonardo Quintão (PMDB) de desistir da própria candidatura e apoiar Leonardo Picciani (PMDB-RJ), na disputa pela liderança do partido na Câmara, caiu como uma bomba na bancada mineira na última semana. Um parlamentar peemedebista, que pediu para não ser identificado, desabafou: “Por essa, a gente não esperava, está sendo uma surpresa mesmo. Eu fiquei p... da vida na hora”, relata. Segundo ele, a expectativa era que Quintão negociasse uma candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte, e não o lugar de Mauro Lopes no Ministério da Aviação Civil.

Tem troco?

A expectativa, agora, é ver como reagirá o grupo peemedebista que se sentiu “traído” pela manobra de Quintão. “Poucos no partido confiavam nele, e, agora, com essa, a coisa vai ficar mais complicada ainda”, diz outro interlocutor ligado ao PMDB. Com uma disputa interna acalorada, Quintão foi o segundo peemedebista mineiro a desistir da candidatura. Durante a última semana, Newton Cardoso Júnior, mesmo não tendo anunciado oficialmente seu nome, já vinha sendo cogitado como um dos mais cotados a ocupar a liderança. Com Minas fora do páreo, o caminho de Picciani para a liderança ficou mais fácil.

Rádio Super

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