Recuperar Senha
Fechar
Entrar

Eleições 2024

João Marcelo tentará a reeleição contra PT e PL em Nova Lima

O prefeito, que tem o apoio de 13 partidos, deve reencontrar nas urnas ex-aliado e ex-prefeito Vitor Penido (PL), e enfrentar candidato apoiado pelo ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PT)

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
joão-marcelo-eleições-2024-by-lucas-mendes-prefeitura-de-nova-lima
O prefeito João Marcelo (Cidadania) deve ver a eleição de Nova Lima ser nacionalizada pelos adversários
PUBLICADO EM 10/04/24 - 08h00

Candidato à reeleição, o prefeito João Marcelo (Cidadania) pode ver as eleições serem nacionalizadas em Nova Lima, na região metropolitana, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu, mas o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o deputado estadual Bruno Engler (PL) são majoritários. Os pré-candidatos até agora colocados para enfrentá-lo, que já tem o apoio de 13 partidos para a reeleição, são o ex-prefeito Vitor Penido (PL) e o eletricista Jobert Jobão (PT). 

Penido, que se filiou ao PL há um ano, é ex-aliado de João Marcelo. O atual prefeito foi seu vice entre 2017 e 2020. “Nós não rompemos”, observa o ex-prefeito e pré-candidato. “Eu praticamente o carreguei. Era um menino bom e não posso falar sobre a pessoa dele (João Marcelo), mas, de uma hora para outra, ele tomou a decisão de que não iria me acompanhar mais”, emenda Penido. Segundo ele, João Marcelo teria se recusado em 2016 a se filiar ao seu partido, o DEM, e, por isso, houve o rompimento. 

João Marcelo, por sua vez, afirma que o compromisso de Penido era apoiar o melhor colocado em pesquisas de intenções de voto internas e não quem candidatasse pelo DEM. "Foram realizadas seis pesquisas e em todas o nome que aparecia era o meu. Quando chegou a filiação, manifestei que se, de fato, fosse para eu ser o candidato, eu estaria disposto a caminhar ao lado da sigla se isso fosse importante. Quando chegou perto, ele não trouxe essa possibilidade como confirmada", rebate o prefeito.

À época, Penido apoiou a candidatura do então vereador Wesley de Jesus à Prefeitura de Nova Lima, que, com 26% dos votos válidos, foi segundo em 2020. Neste ano, Wesley, filiado ao Republicanos e pré-candidato a vereador, irá retribuir o apoio. Em 2022, o ex-vereador foi o candidato a deputado estadual mais votado em Nova Lima, com 6.809 votos, mas, no final das contas, não foi eleito. O Republicanos, inclusive, deve indicar o vice do pré-candidato.

Além de Wesley, Penido deve ter o apoio de Nikolas e Engler para tentar capturar o eleitor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Os meus contatos com eles (Nikolas e Engler) são poucos, mas tenho certeza que, por eu defender um partido nacional, que está do lado de Deus, da pátria e da família, eles vão me dar apoio, sem dúvidas alguma”, reconhece o pré-candidato, que já foi prefeito por seis mandatos.

Já Jobert, que foi candidato a prefeito em 2020 pela UP e, hoje, está filiado ao PT, deve tentar herdar o capital político de Lula, que teve 51% dos votos válidos de Nova Lima. “A gente pretende fazer uma eleição ligada com o governo federal”, admite o pré-candidato. “Até porque o governo Lula reinaugurou alguns programas sociais que precisam ser melhor implantados no município, como o Minha Casa, Minha Vida, e Nova Lima tem uma grande demanda por moradias populares”, acrescenta ele.

Jobert pode ter ao seu lado o ex-prefeito Carlinhos Rodrigues (PT), que esteve à frente de Nova Lima por dois mandatos entre 2005 e 2012. Em 2020, fora do PT e com a candidatura sob judice, Carlinhos teve quase 18% dos votos válidos na cidade, ficando em terceiro na corrida pela prefeitura. “Hoje, a principal liderança do PT no município é Carlinhos.Ele não quer sair candidato nesta eleição com alguma restrição e ele pretende apoiar, em um primeiro momento, a minha candidatura”, diz o pré-candidato.

Entretanto, Jobert vai precisar contornar o racha dentro da federação partidária PT-PCdoB-PV, já que o secretário de Fazenda de João Marcelo, Alisson Batista Moraes, é filiado ao PV. “A composição a nível majoritário não vai ser possível, mas tem a composição a nível proporcional, que é a chapa de vereadores. Isso está sendo conversado para que o PV acompanhe a construção nacional com o PT e o PCdoB, ou, então, se mantenha neutro, que seria a postura mais ética do partido”, afirma ele.

O PV é um dos 13 partidos que endossaram, ainda em janeiro, um manifesto de apoio à candidatura de João Marcelo à reeleição. O movimento reúne ainda o Novo até o PSB, passando por PSDB, PRD, PSD, Avante, PP, Podemos, Agir, PMN, Solidariedade e União Brasil. O apoio é refletido na Câmara Municipal de Nova Lima, onde, dos dez vereadores, apenas Juliana Sales (PT), eleita pelo mesmo partido de João Marcelo, faz oposição a ele.

João Marcelo reconhece que as pré-candidaturas de Penido e Jobert possam dar um tom ideológico às eleições de Nova Lima, mas minimiza. “Entendo muito que o papel do prefeito enquanto zelador da cidade é trabalhar por ela e cuidar das pessoas. Não é papel do prefeito ser um agente político, contaminado por questões ideológicas”, afirma o prefeito, cuja indefinição está na escolha de quem será o vice.

A indicação pode pesar na campanha. Embora Diogo Ribeiro (PRD) seja vice-prefeito, não é certo que será candidato, porque o presidente da Câmara, Thiago Almeida, se aproximou de João Marcelo ao ajudá-lo com a governabilidade. Eleito pelo PT, o vereador se filiou ao PSD e é especulado como candidato a vice. Entretanto, o prefeito aponta que a pauta será discutida “apenas no período das convenções partidárias” e refuta um eventual rompimento com o PRD ou com o PSD por conta da escolha. 

Rádio Super

O que achou deste artigo?
Fechar

Eleições 2024

João Marcelo tentará a reeleição contra PT e PL em Nova Lima
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View