Recuperar Senha
Fechar
Entrar

Justiça eleitoral investiga se prefeito de Itabirito teve financiamento ilegal

Enviar por e-mail
Imprimir
Aumentar letra
Diminur letra
Fonte Normal
PUBLICADO EM Wed Jul 26 03:00:00 GMT-03:00 2017

Justiça eleitoral investiga se prefeito de Itabirito teve financiamento ilegal

O Ministério Público Eleitoral do Estado (MPE) moveu uma ação de investigação eleitoral judicial contra o prefeito de Itabirito, Alex Salvador (PSD), e o vice-prefeito, Wolney Oliveira (DEM). De acordo com o órgão, houve irregularidades no financiamento da campanha eleitoral da chapa no ano passado. O prefeito nega que ele e o seu vice tenham cometido qualquer ato ilícito.

Pela regra eleitoral, pessoas jurídicas são proibidas de contribuiu com o financiamento de campanha. Mas, segundo a ação – que tem parte dos autos em sigilo –, para contornar essa legislação, duas empresas de transporte teriam utilizado dez pessoas físicas, entre funcionários, sócios, familiares de sócios e até mesmo um ex-empregado, para doar dinheiro à campanha da chapa. Dessa forma, segundo o MPE, foi possível “esconder” as doações indiretas feitas por pessoas jurídicas.

Conforme a denúncia, a renda da maioria desses supostos doadores seria incompatível com a quantia que eles teriam repassado para os então candidatos, sendo que havia até mesmo pessoas desempregadas na lista de doadores. A autora do processo, promotora Vanessa Campolina Rebello Horta, ressalta no processo que os donos das duas empresas seriam casados e que ambas as instituições mantêm contrato com a prefeitura.

No documento é dito que nove dos dez repasses para os candidatos foram feitos na mesma data (6 de setembro de 2016), no mesmo banco, em horários aproximados e em quantias similares, que variavam de R$ 2.000 a R$ 2.800. O total doado pelas dez pessoas físicas seria de R$ 25,8 mil. Conforme o sistema de contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2016, a campanha da chapa recebeu o total de R$ 390,3 mil em recursos.

A promotora também argumenta que, por supostamente terem recebido doação de fontes vedadas, houve abuso de poder econômico por parte do prefeito e do vice. Na ação, sugere-se a inelegibilidade e a cassação deles. Segundo o cartório eleitoral da cidade, o processo encontra-se em fase de instrução, momento em que as partes estão apresentando provas e em que ocorrem audiências, por exemplo. Só depois disso, uma sentença será deliberada pelo juiz eleitoral.

Em conversa com o Aparte, Alex Salvador negou que tenha cometido qualquer tipo de irregularidade na campanha e disse não ter sido notificado pela Justiça Eleitoral sobre a ação. “Só teve a denúncia do Ministério Público, ainda não teve audiência, não foram ouvidas as testemunhas. Sinceramente, só posso informar detalhadamente sobre a ação a partir do momento que eu for notificado, eu vou saber o que é. Por enquanto, é só uma denúncia do Ministério Público e especulação de adversários”, declarou.

O prefeito ainda disparou críticas a um juiz eleitoral da cidade. “Só nessa eleição me cassaram duas vezes, mas ganhamos no TRE, no TSE, em tudo. Tem um juiz aqui que tem problema pessoal comigo, e aí qualquer denúncia contra mim que chega para ele analisar, o juiz já manda cassar. Então, eu estou acostumado já com isso. É uma perseguição. Saiu do campo da Justiça e partiu para coisas pessoais. Nós vamos passar quatro anos nos defendendo”, afirmou.

Salvador confirmou que as empresas “prestam grandes serviços para a cidade” e reafirmou que está totalmente tranquilo quanto à ação. “Não houve absolutamente nenhuma irregularidade. Eu fui recordista em processos eleitorais; de 172 processos, já ganhamos 170. Que ele (juiz) é parcial, nem eu, nem a população toda temos dúvidas”, criticou. (Fransciny Alves)

Medalha

FOTO: Gil Leonardi/Imprensa MG/divulgação

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), homenageou nessa terça-feira (25) o governador Fernando Pimentel (PT) e outros cinco gestores estaduais com a medalha de Ordem do Mérito Anhanguera, no grau Grã-Cruz, a mais alta condecoração daquele Estado. Além do petista mineiro, foram agraciados os governadores Renan Filho (Alagoas), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Wellington Dias (Piauí) e Suely Campos (Roraima). “Essa é uma homenagem muito justa de Goiás a Minas Gerais. Goiás é um Estado irmão de Minas”, disse Pimentel na cerimônia.

Frase do dia

“O Sérgio (Sá Leitão) é um parceiraço. Foi melhor assim; melhor ele, que é do setor, assumir e ficar direto até o fim do governo. Fiquei muito feliz.”
Cristiane Brasil (PTB-RJ)
Deputada federal negando ter ficado irritada por não ter sido escolhida para o Ministério da Cultura

Livro de “Eduardo Cunha”

A Justiça do Rio negou o pedido do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) para impedir a divulgação do livro “Diário da Cadeia: Com Trechos da Obra Inédita ‘Impeachment’”, de Ricardo Lísias. O autor assinou a obra com o pseudônimo Eduardo Cunha e o ex-deputado dizia que o livro maculava sua honra. Preso em Curitiba durante a operação Lava Jato, Cunha entrou com mandado de segurança para pedir o fim da divulgação, o que foi negado por unanimidade pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio. “Na verdade, trata-se de uma obra literária de ficção, a qual tem como pano de fundo a realidade política brasileira. Não houve anonimato, vedado pela Constituição Federal, e sim a utilização de um pseudônimo em uma obra ficcional”, diz o relator.

Procura-se um partido

Desconfortável no PMDB depois de ter apresentado parecer pela aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, o deputado Sergio Zveiter (RJ) abriu conversas com o PDT e o Podemos (antigo PTN), segundo aliados. Para sair do PMDB sem perder o mandato, Zveiter deve alegar “grave discriminação pessoal”, um dos motivos permitidos para a troca de partido na regra da fidelidade partidária estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2007. Já outros peemedebistas que estão preocupados com o desgaste do partido, sobretudo no Rio, aguardam a “janela” que haverá em março do ano que vem, criada em proposta de emenda à Constituição aprovada pelo Senado em dezembro de 2015.

O que achou deste artigo?
Fechar

Justiça eleitoral investiga se prefeito de Itabirito teve financiamento ilegal
Caracteres restantes: 300
* Estes campos são de preenchimento obrigatório
Log View