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Paulo Guedes gasta R$ 131 mil de sua verba indenizatória em locadora de aliado político

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PUBLICADO EM Mon Aug 21 03:00:00 GMT-03:00 2017

Paulo Guedes gasta R$ 131 mil de sua verba indenizatória em locadora de aliado político

O deputado estadual Paulo Guedes (PT) utilizou, de janeiro de 2016 a julho deste ano, R$ 131 mil de verba indenizatória para custear o gasto com locação de veículos para o gabinete parlamentar. Curiosamente, a empresa responsável por prestar esses serviços pertence a um aliado dele no Norte do Estado, Lindomar Correia de Silva, mais conhecido como Correinha.
O site da Receita Federal mostra que Correinha é um dos sócios da Locadora e Construtora Shalon LTDA., que fica no município de Jaíba. O empresário, que também é filiado ao PT, é ex-vereador da cidade e disputou nas últimas eleições o comando da Prefeitura de Jaíba. Ele não foi eleito, mas contou com o apoio de Guedes.
Além disso, Correinha é visto como uma forte liderança política do Norte do Estado, região que é base eleitoral do parlamentar. Guedes foi o deputado estadual mais votado nas eleições de 2014, recebendo 164.831 votos. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE-MG), 157.107 desses votos vieram das urnas do Norte do Estado.
Cada um dos 77 deputados estaduais têm direito a R$ 27 mil, por mês, de verba indenizatória. Podem ser indenizados gastos como locação de imóvel, serviços de consultoria e locação de veículos. Entre janeiro de 2016 e abril deste ano, Paulo Guedes repassava mensalmente a quantia de R$ 6.000 para a locadora de Correinha. Nos meses de maio e junho deste ano o valor subiu para R$ 12 mil mensais, e em julho o montante foi de R$ 11 mil.
A assessoria de imprensa de Guedes informou que, atualmente, duas caminhonetes do modelo Hilux são disponibilizadas pela empresa, sem motorista incluso. De acordo com a nota, o deputado escolheu contratar a empresa de Jaíba porque, diante de uma pesquisa de preços realizada em Belo Horizonte e na região do Norte de Minas, a Locadora Shalon foi a que apresentou o menor preço.
A assessoria ressaltou que em orçamento feito no dia 17 de agosto ainda era possível observar que os valores cobrados pela empresa de Correinha estão abaixo dos verificados no mercado. O orçamento mostra que duas outras empresas de locação de veículos cobram entre R$ 7.260 e R$ 11.361,17 pelo aluguel mensal de um veículo semelhante ao que é utilizado pelo deputado.
Questionada se não há nenhum constrangimento em fechar negócio com o estabelecimento de um aliado, a assessoria negou. “Não há nenhum constrangimento quando o principal critério de contratação foi o menor preço. Ademais, não há qualquer impedimento legal na contratação da empresa Shalon, que é uma empresa idônea e cujo processo está totalmente amparado nas normas aplicáveis à verba indenizatória”, diz a nota.
A coluna também indagou a assessoria sobre o fato de o montante repassado para a empresa ter crescido nos últimos três meses. Segundo a pasta, a principal área de atuação do deputado é o Norte de Minas, que possui mais de cem municípios e uma grande extensão territorial. Também é citado que o acesso às cidades e aos principais distritos é, na maioria das vezes, “extremamente precário”.
“Diante da extensa agenda na região, tanto do próprio deputado como de assessores, que precisam representá-lo em várias atividades, houve a necessidade, a partir do mês de maio, da locação de mais um veículo para atender o mandato parlamentar”, afirmou a pasta. A assessoria ainda explicou que a escolha pelo tipo de veículo locado, picape 4x4, se dá pelas condições das estradas da região: “Só para se ter uma ideia, em apenas um dia, o deputado chega a percorrer 400 quilômetros de estradas de terra, como ocorreu na última terça-feira, durante atividades nos principais distritos de Januária”. (Fransciny Alves)

Entrosamento

O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) reinaugurou ontem o campo de futebol do parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. O evento teve a participação do ex-jogador Ronaldo, do atacante Jô, do Corinthians, e dos atletas de salto com vara Thiago Braz e Fabiana Murer. A revitalização do campo, que ganhou grama sintética, iluminação e traves novas, é uma parceria da prefeitura com a Nike. “Em vez de ficar chorando e dizendo que não temos dinheiro, vamos em busca de soluções para a cidade com o apoio da iniciativa privada, que investiu mais de R$ 750 mil, disse o prefeito. Durante o evento, Doria fez embaixadinhas e bateu bola com Ronaldo, que foi convidado a dar o pontapé inicial do primeiro jogo após a inauguração. No sábado à noite, Doria visitou a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. O tucano usou chapéu, comeu refeição típica de peões e discursou aos cerca de 35 mil presentes e falou em levar rodeio para a capital. 

Novo PDI nos Correios

Com o intuito de reduzir as despesas, os Correios devem reabrir no mês que vem um programa de demissão voluntária. O objetivo é reduzir o quadro de funcionários em cerca de 5.500 pessoas, o que representaria uma economia mensal de R$ 54,5 milhões na folha de pagamento. A ideia é reabrir o programa para empregados que trabalham há pelo menos 15 anos na companhia. Para ampliar o público do que é chamado de Plano de Desligamento Incentivado (PDI), foi retirado o requisito que restringia a possibilidade de adesão aos funcionários com, no mínimo, 55 anos de idade. O programa de demissões voluntárias feito no primeiro semestre teve cerca de 6.200 desligamentos e reduziu em R$ 68,6 milhões os gastos mensais com pagamentos de salário. Mas os desligamentos ficaram aquém do esperado, uma vez que a meta era cortar 8.200 cargos. O novo PDI só depende de aprovações burocráticas para entrar em vigor. 

Urubus travam leilão

O governo federal deve realizar neste mês um leilão para a venda de 231 imóveis funcionais do Distrito Federal que estão desocupados. No entanto, um apartamento da Asa Norte não vai estar na lista por um motivo peculiar: a varanda da residência está ocupada por uma família de urubus que, por lei, não pode ser despejada do local. O urubu é um animal silvestre. Pela legislação, qualquer tentativa de retirada do ninho pode ser considerada crime ambiental, o que pode resultar na prisão dos envolvidos. Dessa forma, o imóvel somente vai poder ser vendido após o “ciclo espontâneo” de desocupação, ou seja, quando os dois filhotes aprenderem a voar. O apartamento de 140 m² é avaliado em cerca de R$ 1 milhão, e o condomínio custa R$ 700. Segundo a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), a administração pública federal tem 544 residências na capital federal, sendo que 42% estão desocupadas. Por isso, a União fica responsável por arcar com a Taxa de Limpeza Pública (TLP) e com o condomínio. 

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