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Pimentel quer vender 49% da Codemig para pagar dívidas

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PUBLICADO EM Thu Nov 30 02:00:00 GMT-03:00 2017

Pimentel quer vender 49% da Codemig para pagar dívidas

O governador Fernando Pimentel (PT) pretende vender 49% das ações da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). O Projeto de Lei 4.827/2017 foi enviado nessa quarta-feira (29) pelo petista para ser analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Atualmente, a Codemig é uma empresa pública constituída na forma de sociedade anônima, controlada pelo governo.

“O projeto visa à transformação da Codemig em sociedade de economia mista, permitindo assim a sua capitalização e a diversificação das fontes de recursos investidos em desenvolvimento econômico no Estado. Em outras palavras, seria possível promover ainda mais projetos destinados ao bem-estar dos mineiros, mas com menor sacrifício aos cofres públicos”. É o que diz o texto assinado por Pimentel.

Na prática, segundo interlocutores do Estado, o governador mineiro tenta, de todas as formas, levantar recursos para quitar as diversas dívidas que acumula junto a prefeituras e ao funcionalismo público, já que as eleições se aproximam e Pimentel será candidato à reeleição. Entre as demandas mais urgentes estão o pagamento do 13º salário dos servidores e os repasses para a saúde, que já somam R$ 2,5 bilhões, segundo a Associação Mineira de Municípios (AMM).

A Codemig não divulgou o valor gerado pela venda das ações, mas uma fonte do governo disse que, com o projeto de lei aprovado, uma consultoria poderá ser contratada para fazer a avaliação, levando-se em consideração o fato de que 25% das receitas da empresa vêm da extração do nióbio pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Nas gestões tucanas à frente do governo de Minas, diversas obras foram bancadas com recursos da Codemig, sendo a mais expressiva delas a Cidade Administrativa, que custou pelo menos R$ 1,5 bilhão e foi idealizada pelo hoje senador Aécio Neves (PSDB).

“O Estado teria a possibilidade e estaria autorizado, no seu interesse e na sua conveniência, a alienar parte das ações, sempre assegurando e preservando o controle estatal, resguardando o limite mínimo de 51% das ações. A abertura do capital para investidores privados também favorece ampliar a moralidade e a transparência na gestão dos recursos que estão sob responsabilidade da Codemig”, afirma uma nota da empresa.

Nessa quarta-feira (29), o deputado estadual Felipe Attiê (PTB) foi ao plenário para criticar o projeto. “Estão vendendo o patrimônio público? Vocês (PT), que a vida inteira foram contra a venda do patrimônio público, vão vender 50% da Codemig? Para pôr esse dinheiro onde? Quanto vale a Codemig? Vai vender essas ações aí no mercado para fazer caixa, sem um planejamento estratégico. Essas vendas, essas privatizações no final do ano, de uma empresa que controla a mineração de nióbio, que é a Codemig, isso cheira a coisas ocultas”, disse. (Angélica Diniz)

Sem furos

FOTO: Reprodução / TV Globo

O então candidato a vereador da cidade de Itaporanga, na Paraíba, Joaquim Salviano (PMDB) doou, durante a campanha eleitoral do ano passado, um reservatório de água para a comunidade Vila Mocó. O peemedebista não foi eleito e voltou ao local, com a nota fiscal da caixa-d’água, e retirou-a de lá. Em vídeo postado no YouTube, gravado por moradores durante a retirada do equipamento, Salviano diz que comprou o reservatório sozinho. Nesta semana, a Justiça Eleitoral mandou que o candidato derrotado devolvesse o reservatório. “A volta da caixa-d’água representa o combate que nós temos, como Justiça, a essa praga dentro do Brasil que é justamente a corrupção eleitoral”, declarou o juiz Antônio Eugênio Leite, da 33ª Zona Eleitoral, que determinou a devolução do reservatório. Em entrevista para a TV local, Salviano disse que apenas emprestou a caixa-d’água.

Eleição suspensa

Uma decisão liminar do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Jorge Mussi suspendeu a eleição suplementar em Ibitiúra de Minas, no Sul do Estado, que estava marcada para o próximo domingo. O novo pleito havia sido determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) após a cassação do prefeito, José Tarciso Raymundo (PSDB), e seu vice, Romildo do Prado (PSD), por abuso de poder político e econômico. A eleição foi cancelada porque ainda estão pendentes de julgamento por parte do TRE recursos apresentados pela defesa dos políticos. Os advogados apresentaram ao TSE um mandado de segurança para evitar “prejuízo de impossível reparação”, caso sejam eleitos novos integrantes para os cargos.

Disputa pelo Senado

Dois encontros com lideranças e militantes do PMDB, no último sábado, deixaram ainda mais em evidência o racha interno do partido em Minas Gerais. De um lado, o presidente do PMDB Jovem, Felipe Piló, recebia apoio de uma parte da legenda para ser o candidato ao Senado nas eleições do ano que vem, com a aprovação do presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes. De outro, o presidente do PMDB no Estado e vice-governador de Minas, Antônio Andrade, se reunia com correligionários em Uberaba, no Triângulo Mineiro, para o último encontro regional da legenda neste ano. E, na cidade, Andrade também afirmou, extraoficialmente, que tem interesse em disputar uma das duas vagas para senador por Minas Gerais em 2018.

Marqueteiro agredido

O marqueteiro paulista Augusto Fonseca, atualmente ligado ao presidenciável Ciro Gomes (PDT), foi espancado durante evento de lançamento de uma marca de cosméticos, de propriedade de sua mulher, na sede de uma revista, em Belo Horizonte. A agressão teria ocorrido quando o publicitário participava de uma roda de conversas. Um outro participante da festa e autodeclarado apoiador do deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) partiu para cima do marqueteiro e o agrediu com um soco no rosto. Caído no chão, Fonseca ainda foi espancado com chutes e outras agressões. O resultado para o publicitário foi duas fraturas no rosto, o nariz quebrado, escoriações por todo o corpo, a cabeça ferida e a necessidade do uso de uma tipoia e repouso. O autor das pancadas foi o advogado Rafael Fernandes, filho de um famoso desembargador da capital mineira. Há quem diga que a motivação da agressão teria sido política, por causa de Bolsonaro. Outros alegam que a verdadeira causa foi ciúmes de Rafael de sua mulher, que também conversava com o marqueteiro. Meses atrás, o advogado envolveu-se em um princípio de confusão com o narrador e deputado estadual Mario Henrique Caixa (PV).

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