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Político, Kalil 'paz e amor' quer dialogar com PT e PSDB  

A posição do ex-dirigente tranquiliza os possíveis adversários – afinal, ninguém gostaria de estar na sua mira – e também pode ser um motivo de frustração

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PUBLICADO EM 10/03/16 - 03h00

Dono de um capital eleitoral cobiçado por qualquer chapa em função da sua popularidade, o ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil garantiu nesta quarta que não irá atacar nenhum possível concorrente na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. Na última segunda, ele se filiou ao PHS e é apontado pelo partido como um pré-candidato ao comando da capital mineira.

Em uma versão “paz e amor” e em tom sereno, o atleticano – famoso por sua espontaneidade e temperamento explosivo – diz que está aberto ao diálogo tanto com o PT quanto com o PSDB e que não fará uma campanha agressiva.

Sem fugir totalmente ao seu estilo, Kalil diz que já tem “muitos inimigos” e que “brigar na política hoje é igual saia xadrez e meia três quartos: saiu de moda”. Segundo ele, todas as vezes em que fez ataques foi para se defender de quem tentou prejudicá-lo e conta que tem “bons amigos” entre petistas e tucanos. “Temos que fazer um papo propositivo com todos”.

A posição do ex-dirigente tranquiliza os possíveis adversários – afinal, ninguém gostaria de estar na sua mira – e também pode ser um motivo de frustração. No PT, havia uma expectativa de que ele pudesse se posicionar contra a atual gestão de Marcio Lacerda, já que, no Estado, o seu partido, o PHS, é aliado do governador Fernando Pimentel. Na Câmara municipal, a legenda não tem representante. Do outro lado, na chapa que está sendo construída por PSB, PSDB, PP, DEM, PDT, PP, PTB, SDD e PV, esperava-se que Kalil fosse ser mais um reforço “anti-PT”.

“Não sou contra ninguém. Não tenho motivo para estar contra PT ou PSDB. Briga não leva ninguém a nada. Já tenho muitos inimigos, não preciso que me arrumem mais”, fala, bem-humorado.

Para Kalil, seria uma “deselegância absoluta” atacar a gestão municipal ou a estadual. Até o ano passado, ele era filiado ao PSB do prefeito Marcio Lacerda e chegou a iniciar a campanha para deputado federal em 2014. “Se minha candidatura acontecer, será mais uma opção entre tantas. Não nasci político. Ainda não tenho nem autoridade no partido para falar se sou isso ou aquilo”. 

PSDB em julgamento

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta quarta que o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) volte a julgar processo de abuso de poder econômico e político contra Pimenta da Veiga (PSDB) e Dinis Pinheiro (PP) – integrantes da chapa que disputou o governo de Minas –, o deputado estadual João Leite (PSDB), a ex-secretária de Educação Ana Lúcia Gazzola e a diretora escolar Rosane Guimarães. A ação foi movida pela coligação Minas para Todos (PT, PMDB, PRB e PROS). Segundo a ação, Rosane, da Associação Mineira de Diretores (Amide), teria feito uso de e-mails institucionais para convocar educadores para evento de campanha eleitoral de tucanos, com o pretexto de que temas de interesse da categoria seriam tratados no evento.

Estaca zero

Conforme a coligação, a reunião foi realizada no Hotel Ouro Minas, em novembro de 2014, em meio a discursos de representantes do governo, pela então secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola e pelos próprios candidatos que disputavam as eleições. No entendimento da coligação reclamante, a estrutura pública foi utilizada para realização de evento de campanha, “havendo os presentes sido convocados pela Amide e pela Secretaria de Educação por mala-direta de cadastro do Estado de Minas Gerais, cuidando-se o evento, em verdade, de deslavada promoção eleitoral”. No fim de 2014, o TRE-MG entendeu que não havia indícios concretos para dar continuidade à ação. A coligação Minas para Todos recorreu da decisão no TSE, e, agora, o processo volta à estaca zero na Corte mineira.

FOTO: ALEX DE JESUS
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Eventos. Em meio às discussões sobre sua sucessão na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o prefeito Marcio Lacerda (PSB) inaugurou, no bairro Tirol, na região do Barreiro, a Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Itaipu. O prédio tem capacidade para atender 440 alunos de 0 a 5 anos. A Umei foi construída por meio da Parceria Público-Privada (PPP) da Educação, com investimento de R$ 3,7 milhões, sendo R$ 1,3 milhão provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

R$ 16,4 bi é a quantia de recursos federais que a Controladoria Geral da União (CGU) fiscalizará. A verba é transferida a todos os Estados e ao Distrito Federal.

Mais trocas

A possibilidade de realizar a troca partidária sem a perda de mandato continua agitando o meio político mineiro. Nesta quarta, foi a vez de mais dois parlamentares mudarem de sigla. E quem perdeu integrantes foi o PSB, partido do prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda, que tenta emplacar um nome forte para a sucessão no Executivo. O deputado federal Stefano Aguiar e o deputado estadual Leandro Genaro agora fazem parte do Partido Social Democrático (PSD). Enquanto o primeiro preencheu sua ficha de filiação em Brasília, Genaro se filou em Minas. A janela de troca partidária vai até o dia 2 do próximo mês.

Ministra de novo em BH

A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, estará novamente na capital mineira. Após ter participado, na última segunda, da abertura de um evento de uma escola de direito de Belo Horizonte, e ter se esquivado totalmente dos temas que atualmente incendeiam o país, como a operação Lava Jato, a mineira agora irá ministrar uma aula magna, na próxima semana, da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Além de vice-presidente do STF, Cármen é ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e diretora da Escola Judiciária Eleitoral da Corte. 

Rádio Super

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