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Retorno de secretários pega base de surpresa

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PUBLICADO EM 05/05/16 - 03h00

O retorno dos então secretários Tadeu Leite (PMDB), de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, e Paulo Guedes (PT), de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas, para a Assembleia Legislativa, ontem, causou surpresa na base do governo. Os dois foram informados no dia anterior de que deixariam o Executivo. Nos corredores da Casa circulavam três justificativas para a decisão repentina do governador Fernando Pimentel (PT).

A versão oficial dá conta de que é uma estratégia para fortalecer a base e para que eles possam contribuir para a discussão e a aprovação da reforma administrativa do Estado. Os dois são mais experientes e têm maior poder de articulação do que seus respectivos suplentes, os novatos Cristina Corrêa (PT) e João Alberto (PMDB).

Segundo o líder do governo, Durval Ângelo (PT), ele mesmo já havia pedido ao governador que os colegas reforçassem a base. “Eles poderão falar com propriedade, inclusive, porque muitas ações atingem as secretarias que eles chefiavam”.

Tadeu Leite endossou e disse que a mudança é temporária. “Foi um alinhamento que fizemos com o governador. Achei que poderia contribuir, orientando as necessárias modificações para melhorar a máquina. Não foi uma imposição”, garantiu. Paulo Guedes foi na mesma linha. “Vim para ajudar”. O deputado deve se candidatar à Prefeitura de Montes Claros e, por isso, se desligaria do Executivo, como exige a legislação.

Outros deputados garantem que essa foi uma forma tirar da ALMG o colega João Alberto, visto como “rebelde”. Dos 15 deputados do PMDB, ele foi o único que não participou de um encontro recente com o governador. Ainda pesou contra Alberto o fato de que ele deixa passar requerimentos da oposição nas comissões, além de ter viajado a Brasília no dia de votação da autorização do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara. Como ele era segundo suplente, dois secretários precisavam retornar.

Outros deputados disseram que a movimentação está relacionada ao pedido de explicação da Justiça para a nomeação da primeira-dama, Carolina Oliveira, como secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social em substituição a André Quintão (PT), que também retornou ao Legislativo. “É para mostrar que nomeações são normais”. Uma ação questiona se a nomeação foi para garantir foro privilegiado à mulher do governador, investigada na operação Acrônimo. (Tâmara Teixeira)

Privações militares

Enquanto alguns nostálgicos pelo período da ditadura clamam pela volta dos militares ao poder, algumas repartições da Defesa estão tendo que lidar com problemas de ordem bem mais mundana. Em uma unidade da Aeronáutica na região Centro-Oeste, oficiais vêm, desde o começo do ano, suportando altas temperaturas com o sistema de ar-condicionado desligado. Para suavizar o calor, o comando permitiu outras vestimentas além das tradicionais peças de fardamento, deixando funcionários trabalharem até em uniformes de educação física. Os cortes também chegaram às diárias para viagens e à diminuição das horas de voo. Nesta semana, a crise alcançou a esfera privada: acabaram os últimos rolos de papel higiênico no estoque da base.

Queimando dinheiro

Indignado, um coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) não poupou críticas ao governo federal, que utilizou dois caças F-5 e dois aviões do modelo A-29, da Esquadrilha da Fumaça, para escoltar a aeronave que trouxe anteontem a tocha olímpica para o Brasil. “Alguém tem ideia dos custos disso para o erário?”, postou o oficial em uma rede social. “Ao menos uns R$ 40 mil”, respondeu ele. “Enquanto isso, em diversas bases da FAB, não se tem dinheiro sequer para comprar papel higiênico”, acrescentou o coronel. “Jovens tenentes aviadores, recém-chegados às unidades aéreas, são retirados do voo – isso mesmo, vão ficar o ano de 2016 inteiro sem voar – por falta de recursos”, escreveu.

“Fato é que o lulopetismo levou, talvez, à situação econômico-social mais grave dos últimos 80 anos.” Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo.

7.849 cargos comissionados terá o governo do Estado após a demissão de 688 pessoas da administração estadual, de acordo com dados da gestão petista.

Concorrência de rua. Os vereadores da Câmara Municipal de Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço, aprovaram um projeto de lei que obriga as empresas vencedoras de licitação pública a destinar parte das vagas de trabalho para moradores de rua. O objetivo da proposição é aumentar as opções de oportunidades para as pessoas que vivem em situação de rua.
 

FOTO: Mariela Guimarães
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Filas. No último dia para que os eleitores pudessem tirar o título de eleitor ou regularizar sua situação no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), com vistas às eleições de outubro, houve espera de até três horas no local.


Fila para fotos

A 33ª edição do Congresso Mineiro de Municípios, realizada pela Associação Mineira de Municípios (AMM), foi palco de marcação cerrada de vereadores e prefeitos de cidades do interior de Minas “em cima” de autoridades. Eram pedidos de fotos – valiosas em ano eleitoral – e até mesmo breves “corridas” para não perder a chance de cumprimentar os “destaques” do congresso. Ontem, as atenções foram voltadas para o presidente da AMM e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio (PMDB), e para o ex-secretário de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas, e agora deputado estadual, André Quintão (PT). Um dos vereadores disse que na segunda-feira foi “pior”, porque tinha mais autoridades, como o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB).

Casa de quem?

Ontem, a reportagem flagrou a irritação de um deputado quando um cidadão comum quis usar o elevador privativo dos parlamentares na ALMG, também conhecida como “Casa do povo”. “Esse elevador não é para você. É privativo”, disse o deputado. Detalhe: o elevador estava vazio. O parlamentar ainda comentou “ele podia sair na Presidência” e que “ainda bem que agora vai ter que colocar o dedo”. O deputados se referia ao fato de que, a partir de setembro, os dois elevadores privativos da Casa, assim como os do prédio Tiradentes, que também abriga gabinetes parlamentares, terão identificação biométrica. A mudança, uma demanda dos próprios deputados, vai custar R$ 60 mil.

Rádio Super

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