Reta Final
‘Kalil não tem compromissos para 2022 que neguem apoio a Bolsonaro’, diz Wadson
Candidato do PCdoB afirmou que o atual prefeito se entregou para o fisiologismo político
13/11/20 - 20h21
Wadson Ribeiro (PCdoB) avaliou nesta sexta-feira (13) que as eleições em Belo Horizonte precisam chegar ao segundo turno para que o atual prefeito seja confrontado sobre propostas e convicções.
O candidato de esquerda afirmou que as projeções em todo país mostram que os postulantes “benzidos” pelo presidente Bolsonaro não decolaram, mas que a postura de Alexandre Kalil (PSD) nos últimos quatro anos de governo abre espaço até para uma futura aliança com o atual presidente.
“O Kalil se elegeu negando a política. Quando chegou na prefeitura, ele se aliou a tudo que representa o fisiologismo político da forma mais arraigada possível. Hoje ele é filiado ao PSD do Kassab, que faz parte da tropa de choque de Bolsonaro no Centrão. Ele não tem compromissos para 2022 que neguem um possível apoio a Bolsonaro”, destacou Wadson.
O candidato afirmou também que a ausência de debates nas grandes redes de TV ajudou a esfriar a campanha em Belo Horizonte. O comunista disse que nos últimos anos o horário eleitoral diluiu muito a audiência e os debates atraem mais a atenção e visibilidade para as candidaturas.
“Mais uma vez a chuva de hoje na Vilarinho e no Jardim Leblon está aí para mostrar que faltou debater junto à população os problemas de BH. Um segundo turno serviria para confrontar o Kalil sobre as propostas para corrigir esses problemas”, reforçou o candidato.
Wadson fez um balanço positivo da campanha e está otimista com a eleição de vereadores em sua legenda. Atualmente o partido conta com uma cadeira na Câmara de BH e ele acredita que o número pode dobrar ou até mesmo triplicar, a depender da distribuição das vagas. O postulante ressaltou que os 48 candidatos para o legislativo do PCdoB foram às ruas para conversar com eleitores e propor ideias.