Quando sofri a primeira crise de pânico eu tinha 21 anos. A sensação era de taquicardia, muita falta de ar, dor no peito e formigamento nos braços. Os sintomas se assemelham muito a um ataque cardíaco. Fui levada para o pronto-socorro, me sedaram e disseram que era uma crise nervosa, mas não me lembrava de nenhuma situação de estresse recente. Achei que era algo isolado e que a minha vida fosse voltar normal. Só que no dia seguinte tive outra crise mais forte ainda. Aconselhada a procurar um médico de confiança, ele levantou a hipótese da síndrome do pânico. Na época, eu não tinha ideia do que era isso e, de lá pra cá, minha vida vem sendo uma peregrinação a psiquiatras e psicólogos. Tenho que tomar a medicação todos os dias, pois sem ela não me sinto bem. Com o tratamento, já não tenho mais crises, mas a vida muda completamente. Tinha uma vida normal e, de repente, preciso das pessoas para tudo. Se você tem uma crise no cinema, passa evitar a ir ao cinema, se tem no carro, evita andar de carro. Uma vez larguei o tratamento por achar que estava bem e aconteceu o efeito rebote. As crises voltaram mais fortes, perdi 8 kg em menos de um mês, estava triste e chorava o tempo inteiro. Um dos sintomas que mais me incomoda é a depressão. Tenho momentos de ansiedade como qualquer pessoa, mas é aquela ansiedade boa, que não traz problema nenhum. Tenho a noção de que a doença está controlada, mas não estou curada. Resolvi criar o blog para amenizar o sofrimento de outras pessoas, ele cresceu e montei um grupo de apoio no Rio de Janeiro.
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Depoimento
Karen Terahata, 38, jornalista - Autora do blog semtranstorno.blogspot.com.br
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