Nova York, EUA. Uma análise de estudos extensa descobriu que a hipertensão de consultório – “hipertensão do avental branco” ou até mesmo a síndrome do jaleco branco –, o aumento da pressão arterial no ambiente hospitalar causado pela ansiedade, pode ser grave o suficiente para afetar nas decisões de tratamento.
Pesquisadores combinaram dados de 15 estudos envolvendo 1.019 pacientes de dez países. A análise foi publicada recentemente no periódico especializado “The British Journal of General Practice”.
Quando obtidas por enfermeiras em vez de médicos, as leituras da pressão sistólica (maior valor verificado durante a medição) e diastólica (o menor valor na medição) foram em média 7 mm e 3,8 mm de mercúrio inferiores respectivamente.
Em três estudos que incluíram pessoas com pressão arterial normal, as diferenças foram ainda maiores. As pressões sistólicas e diastólicas foram 10,1 mm e 3,8 mm de mercúrio inferiores quando medidas por enfermeiras, embora os pesquisadores tenham descoberto que o risco de viés era alto para esses estudos.
As diferenças foram um pouco maiores entre as mulheres em comparação com os homens, enquanto que a idade do paciente não fez diferença.
“Não estamos afirmando que médicos nunca devam medir a pressão arterial”, afirmou Christopher E. Clark, principal autor do estudo e pesquisador da área médica da Universidade de Exeter, na Inglaterra. “Todavia, caso o médico esteja realizando o controle da pressão, é sensato pedir a ajuda da enfermeira nas medições”, disse.