PARIS, FRANÇA. Cientistas britânicos e americanos cultivaram óvulos humanos em laboratório até a plena maturidade, ou seja, até eles estarem prontos para a fecundação, algo inédito e que oferece um potencial para preservar a fertilidade feminina.
É a primeira vez que óvulos humanos são desenvolvidos in vitro em um laboratório desde seu estágio mais precoce até sua plena maturidade, ressaltou em um comunicado a Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, que conduziu, com pesquisadores de Nova York, o estudo publicado na revista “Molecular Human Reproduction”.
Esse avanço, um passo prévio a qualquer tentativa subsequente de fertilização, poderia preservar a fertilidade de meninas com câncer, evitando a reimplantação do tecido ovariano previamente removido e, portanto, o risco de reintrodução do câncer.
Os cientistas já haviam conseguido amadurecer óvulos humanos a um estágio de desenvolvimento relativamente tardio. “Desenvolver plenamente óvulos humanos em laboratório pode ampliar o alcance dos tratamentos de fertilidade. Estamos tentando otimizar as condições para seu desenvolvimento. Esperamos saber se eles podem ser fecundados”, disse Evelyn Telfer, professora da Universidade de Edimburgo.