São Paulo. A Justiça Federal do Paraná aceitou ontem a denúncia do Ministério Público Federal no Paraná contra os ex-deputados Pedro Corrêa (ex-PP-PE), sua filha Aline Corrêa (PP-SP), André Vargas (ex-PT-PR) e Luiz Argôlo (afastado do SD-BA). Eles responderão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato. Os quatro negam os crimes.
Essa é a primeira ação aceita pela Justiça contra políticos dentro da operação Lava Jato.
Contra Vargas pesa a denúncia de que ele se beneficiou de propina de contratos de publicidade com a Caixa Econômica Federal que somaram R$ 968 milhões e em um contrato com o Ministério da Saúde, no valor de R$ 120 milhões, de 31 de dezembro de 2010.
De acordo com a denúncia do MPF, Luiz Argôlo passou a ser quase sócio nos negócios ilícitos e a ter favorecimentos nos repasses do PP. Pedro Corrêa responderá por 280 atos de corrupção, 568 atos de lavagem de dinheiro e 123 atos de peculato. Ele não foi denunciado por organização criminosa porque o Supremo Tribunal Federal abriu procedimento específico sobre esse tipo de infração envolvendo o ex-deputado com outros políticos, ainda no exercício do mandato parlamentar.