Vai ganhando
O candidato de oposição à presidência da Fiemg, Flávio Roscoe, deu uma baita demonstração de força ao reunir em hotel de BH, nesta quinta e sexta, mais de 80 dos quase 140 sindicalistas que decidirão a eleição na entidade, além de receber manifestações de apoio de mais de uma dezena de eleitores ausentes no evento. Ainda há muita campanha até o pleito, que só deve ocorrer em 2018. Mas, no momento, Roscoe está ganhando a eleição. Ele já tem o número de adesões para vencer. Só precisa mantê-las.
Virando onda
Todos os participantes vindos do interior para o evento, que mesclou debates e agenda social, pagaram as despesas de transporte e hospedagem com os próprios recursos. O clima de empolgação ficou evidente também nos depoimentos de sindicalistas em defesa da chapa de oposição. A julgar pela palavra deles, a candidatura Roscoe virou expressão de um movimento de renovação e mudança na Fiemg. Uma nova onda no setor industrial.
Voto de base
Um exemplo do efeito-onda na campanha de Roscoe é dado por Mário Campos, que dirige dois sindicatos da indústria de açúcar/etanol e, portanto, tem dois votos no colégio eleitoral da Fiemg. Ele organizou encontros dos usineiros com ambos os presidenciáveis (Roscoe disputa com Alberto Salum, candidato da situação) para “a base indicar democraticamente” o beneficiário dos seus votos. E o escolhido pelo setor sucroalcooleiro foi o nome da oposição. “Não houve divisão, todos concordaram”, diz Campos.
Ponto crítico
No evento da oposição, ganhou atenção e gerou polêmica um empréstimo de R$ 122 milhões do BNDES ao Senai para investimento em laboratórios de alta tensão em Itajubá. A operação é questionada por atender a demanda de uma única indústria de transformadores na cidade. Uma indústria cujos sócios seriam integrantes do grupo que dirige atualmente a Fiemg.
Corda bamba
Na noite desta quinta-feira, durante jantar oferecido aos sindicalistas no condomínio onde mora, Vale dos Cristais, Roscoe admitiu rever a operação no BNDES e o projeto do Senai se for eleito e constatar que os recursos do “caixa combalido” do sistema Fiemg não estão sendo usados no “interesse geral da indústria”. É uma sinalização de que ele não cogita um acordo com o grupo da situação, liderado por Olavo Machado e Robson Andrade.
Um dos maiores empresários do varejo em Minas, Romeu Zema, herdeiro e comandante do Grupo Zema, posa ao lado de Leone Maciel após receber homenagem da Confraria do Fogão a Lenha em BH.
Aposta no acordo
O deputado Reginaldo Lopes disse à coluna que não irá travar nenhum embate com o secretário Odair Cunha (Governo) em torno da candidatura do PT ao Senado. Ambos seriam pré-candidatos à vaga. “Não tem briga, vamos nos entender”, comentou neste fim de semana.
Pé no acelerador
Com ou sem acordo, Reginaldo pretende intensificar suas andanças pelo interior. Ficou entusiasmado com a pesquisa Mutidados, divulgada aqui, em que aparece em terceiro lugar na corrida ao Senado, com 8%, melhor índice entre os nomes do campo petista e governista.
Para baixo
Foi publicado nesta semana o demonstrativo financeiro da PBH no primeiro semestre. E o resultado não foi nada bom. As receitas primárias ficaram em R$ 4 bilhões e R$ 949 milhões, contra R$ 5 bilhões e R$ 285 milhões em 2016. Portanto, um recuo de quase R$ 1bilhão.
Pindaíba
A PBH previa arrecadar receitas primárias de R$ 10,4 bilhões durante o ano. Já se sabe que não vai rolar. Os meses de melhor arrecadação já se passaram: janeiro e fevereiro, quando os contribuintes antecipam cerca de 70% do IPVA e IPTU. Pela evolução do quadro fiscal, a PBH pode fechar 2017 com déficit orçamentário acima de R$ 2 bilhões. O que deixa o governo Kalil sem opções: ou corta despesas ou deixa de fazer obras.
Em curso
O governo estadual está licitando serviços de assessoria de imprensa. As empresas habilitadas para disputar a conta de R$ 12 milhões/ano são Ideia, Máquina, Informe, Partners e CDN, esta a atual fornecedora.