Brasília. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, recomendou aos consumidores que poupem energia em suas casas. O ministro negou a necessidade de um racionamento de energia, mas disse que a atitude seria “importante”, pois o regime de chuvas está “alterado” e o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas está mais baixo agora do que em 2014, ano em que o país enfrentou uma seca prolongada.
Questionado se o risco hidrológico exigiria um racionamento, ele, no entanto, negou. “Do mesmo jeito que nós estamos tendo a realidade em São Paulo, em que o consumidor esta tendo que reduzir o gasto de água porque há um problema hídrico, o setor elétrico está sendo vítima do ritmo hidrológico”, afirmou. “Não é racionamento. Nós temos energia. Ela existe, mas é cara”, acrescentou.
Uma fonte do Palácio do Planalto disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entregou para a presidente Dilma um estudo que aponta que o aumento médio da energia neste ano no país será de 40%. No entanto, o ministro nega essa informação.
“Não creio em reajuste de 40%”, afirmou. “Estou falando em um reajuste menor que 40%”. Em seguida, Braga foi questionado, mas não respondeu, sobre se o aumento chegaria a 30% ou mais, previsão feita para vários especialistas do setor elétrico. “A presidente tem as estimativas”, afirmou o ministro. Ele afirmou ainda que o governo pode tentar um alongamento dos prazos para financiamento do setor, mas disse que o prazo e outras mudanças dependeriam da negociação entre bancos e empresas.