Eleições 2020

Eleições em BH: Wadson Ribeiro não teme fragmentação da esquerda

Candidato do PCdoB diz que candidatura mostra socialismo moderno, sem apegos e mais propositivo

Wadson Ribeiro é um dos suplentes que tomou posse e vai permanecer | Foto: GUSTAVO ANDRADE / O TEMPO
Carlos Amaral
28/09/20 - 20h13

Candidato pelo PCdoB, Wadson Ribeiro diz não temer a fragmentação do eleitor de esquerda na eleição deste ano em BH. Nesta segunda-feira (28), o candidato tirou o dia para organizar estratégias e gravar material para os programas de rádio e TV e também peças para redes sociais. Ele também se reuniu com colegas de partido para determinar novas ações.

Na terça-feira (28), o candidato promete colocar mais a campanha na rua, mesmo acreditando ser desafiador participar de um pleito que acontece cada vez plataformas virtuais. À noite, Wadson participa de um debate promovido pelo observatório das bibliotecas.

Ribeiro diz não acreditar que seu posicionamento partidário – como comunista – afugente o eleitorado. Na sua opinião, o eleitor busca um candidato que seja posicionado, que torne o jogo claro e sem riscos para depois das eleições: “O eleitor tem o direito de saber em quem está votando e a minha candidatura se coloca no campo de uma candidatura da esquerda. É muito ruim hoje as pessoas hoje não terem posição e não saberem exatamente não que estão voltando.”

O candidato diz ter a consciência tranquila sobre a atual administração da capital, pois o em nenhum momento o PCdoB teria tido algum tipo de alinhamento ou participado do governo de Alexandre Kalil (PSD). Para Wadson, a disputa pela PBH é uma oportunidade de mostrar para a população da cidade que seu partido tem um projeto próprio de governo.  Ele diz que a diferença da sua campanha para outras mais alinhadas à esquerda – como o PT, PSOL e PSTU - é querer mostrar um socialismo moderno, mais propositivo e sem apego às questões de costumes.

Ele cita como exemplo o governador do Maranhão, Flavio Dino, também do seu partido, que nas suas palavras, constrói uma “base sólida com diversos partidos no governo” para colocar em prática o desenvolvimento do estado: “Eu quero mostrar essa esquerda moderna. A esquerda renovada na que critica sim o que Bolsonaro tem feito de ruim, mas que quer apresentar para Belo Horizonte um projeto uma proposta para melhorar a cidade.”