Como o clássico de domingo pode influenciar no comportamento dos jogadores na próxima semana, quando Cruzeiro e Atlético terão jogos importantes e decisivos pela Copa Libertadores?
A questão do estresse é multidimensional. Significa que várias alterações desse jogo podem aumentar ou diminuir a tensão. Em linhas gerais, existem diferentes características de pessoas para enfrentar a situação de tensão. Tem o indivíduo que, diante do desafio, engole bem o fato. Tem o que reage negativamente, e os que atuam melhor sob pressão, adoram esse tipo de situação. O treinador é quem precisa resolver esse impasse e controlar o seu time de acordo com a personalidade de cada atleta, que ele já conhece bem.
O curto período de tempo entre um jogo e outro atrapalha o lado psicológico do jogador?
Existe uma equação que envolve tempo e pressão. Quanto menos espaço de tempo o indivíduo tem para raciocinar sobre a situação, maior é a possibilidade de estresse. É inversamente proporcional, e essas variáveis influenciam diretamente no comportamento do indivíduo, que, dependendo de sua experiência, pode minimizar os efeitos do estresse e pressão. Até superar tais efeitos. Mas, isso vai de pessoa para pessoa.
Como evitar esses efeitos da pressão?
O líder tem que ser o bom exemplo. Quem lidera deve ser a inspiração, a cara do elenco, tem que passar essa experiência. O mais experiente precisa ter uma conduta de controle e ajudar o elenco a superar as adversidades. Como cada pessoa se encaixa em um grupo diferente, quando esses indivíduos passam pelo estresse, alguns sabem regular, controlar melhor. Os caras que regulam também sofrem estresse, mas possuem maior controle da situação. Por isso devem ser exemplos.
Existe atleta que fica totalmente alheio às pressões?
“Não há como você isolar 100% os níveis de tensão, isso faz parte da natureza humana. O ambiente é determinante para essas situações de pressão. Se o estímulo for negativo, pode gerar pressão em conjunto. Nem mesmo o líder está fora desses perigos da tensão.