O Ministério Público Eleitoral (MPE) questionou a candidatura de mais de 60% dos nomes indicados aos cargos de deputado estadual e federal.
No entanto, a maioria dos questionamentos feitos pelo MPE foi quanto à documentação obrigatória que não foi entregue. De acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), “a apresentação da impugnação não significa a exclusão do registro e nem afasta da disputa eleitoral o impugnado”. A concessão ou não do registro será definida pelo TRE-MG até o dia 5 de agosto.
Embora nenhuma das candidaturas tenha sido enquadrada na lei da Ficha Limpa, os candidatos terão que recorrer para dar continuidade às campanhas. É o caso, por exemplo, do ex-deputado e ex-prefeito de Contagem Ademir Lucas, que teve a candidatura impugnada pela ausência da entrega de seu diploma, após ser considerado analfabeto.
Segundo o candidato, no ato do registro ocorreu um erro de interpretação por parte do TRE em relação à escolaridade do candidato. “No dia seguinte ao anúncio de impugnação da nossa candidatura compareci ao Tribunal e levei o meu diploma de advogado com o registro na Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB”, explicou.
A candidatura da ex-prefeita Marília Campos (PT) também foi questionada. A impugnação foi solicitada pelo candidato a deputado federal em Betim Pastor Marcelo Rodrigues (PTC), que afirmou à reportagem de que, durante a eleição de 2012, Marília Campos teria inaugurado um posto de saúde na região da Ressaca. “Eu pedi a impugnação por improbidade administrativa. Ela já foi condenada em primeira e em segunda instâncias, acho difícil que a candidatura dela seja deferida”, alegou o religioso. O Tempo Contagem
Marília Campos assegura estar tranquila em relação ao questionamento. “O pedido de impugnação à minha candidatura foi feito e eu já entreguei a minha defesa. Na ocasião, eu estava exercendo minha função de prefeita, dando uma ordem de serviço e não estava em campanha, por isso estou tranquila”, ressaltou confiante.
Números
Na disputa para o Congresso Federal, Lindomar Gomes (PT) também foi impugnado. A identificação numérica do candidato foi o motivo apresentado pelo MPE. “Durante os registros houve uma duplicidade dos números por um erro de digitação, porém o recurso já foi enviado ao Ministério Público Eleitoral”, revelou o petista.
O questionamento mais frequente entre os registros em Contagem foi devido à falta de documentação obrigatória, na qual os seguintes candidatos se enquadraram: Jander Filaretti (PTB), Irineu Inácio (PSDC), Maria José Chiodi (PCdoB), William Barreiro (PTdoB), Alessandro Marques (PSDC), Geraldinho Diniz (PSC) e Gustavo Olímpio (PSTU).
Todos os candidatos podem recorrer. Depois de notificados, eles têm sete dias para apresentar defesa ao MPE.
Newton Jr. (PMDB), George Hilton (PRB), Domingos de Castro (PTdoB), Ricardo Faria (PCdoB), Gil Diniz Neto (PR), Durval Ângelo (PT) não tiveram suas candidaturas questionadas.
Os registros de candidaturas para deputados de Alexandre Ralf (PT) e Duda Marimbondo do (PCdoB) não estavam disponíveis no site do TSE.