Moradores do bairro Parque São João estão preocupados com o andamento de uma obra no córrego Pica-Pau, localizado na região.
De acordo com Altamir Evaristo, membro da Associação Comunitária e Social Pró-Melhoramentos do Parque São João (Acosprom), a obra realizada pela Copasa retiraria toda a sujeira do leito do córrego Pica-Pau, já que o esgoto da região do bairro está sendo canalizado.
No entanto, a associação teme o andamento das obras. “Nós estamos acompanhando todo o trabalho e também ajudando os residentes, mas estamos preocupados com as obras posteriores que serão por conta da prefeitura, que terá de apresentar projeto para canalização do leito do córrego, pois a obra atual é somente para que ele não receba mais resíduos, que acabam indo para a lagoa da Pampulha”, afirma.
Segundo a prefeitura de Contagem, a responsabilidade da obra é inteiramente da Copasa. Além disso, informou que a única intervenção a ser feita pelo município seria a pavimentação do local após a conclusão das intervenções da Copasa.
O jornal entrou em contato com a Copasa para saber sobre o andamento das obras no Parque São João. De acordo com a empresa, a intervenção no bairro faz parte da implantação das redes coletoras e interceptoras de esgoto ao longo do córrego Pica-Pau, feitas dentro do Programa de Despoluição da Bacia da Pampulha.O Tempo Contagem
Ainda de acordo com a Copasa, já foram executadas 85% das obras para implantação das redes coletoras e 30% das redes interceptoras. No entanto, os trabalhos atualmente estão paralisados em função do processo judicial para desapropriação da faixa dentro do Posto Pica-Pau, para interligação do sistema de coleta ao interceptor que passa na via Expressa. Além disso, a ligação dos imóveis às redes coletoras só se dará com a conclusão dessas obras.
Em relação à canalização do córrego, a companhia informou que é de responsabilidade da prefeitura de Contagem e não faz parte do escopo das obras.
A Copasa também informou que a responsabilidade da empresa no processo de despoluição é a implantação cerca de 100 km de redes coletoras e interceptoras e a construção de nove estações elevatórias de esgoto nos bairros situados ao longo da bacia da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte e Contagem. Dos 100 km estão faltando apenas 4 km na região de Contagem para interligação em alguns pontos dessas redes interceptoras que já foram implantadas. Atualmente, essas obras estão paralisadas em função de nove processos judiciais de desapropriação de 17 áreas, entre eles o Posto Pica-Pau.
Atualmente, são mais de 6.000 mil imóveis em Contagem, em ruas dotadas de rede de esgoto, mas que ainda não foram interligadas. Por isso, é necessário que todos os imóveis cujas ruas já disponham de redes coletoras de esgoto sejam devidamente interligados, revelou a companhia.